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Estados Unidos

Wikileaks: para EUA, Brasil nunca cobrou Cuba por violações

30 dez 2010 - 09h01
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Telegrama da diplomacia americana publicado pelo site WikiLeaks demonstra o mal-estar dos Estados Unidos com a falta de ação do governo brasileiro contra violações dos direitos humanos em Cuba. Segundo os EUA, um diplomata brasileiro em Havana admitiu que a estratégia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi o de não levantar a questão nem em público, nem em conversas privadas com autoridades cubanas. O teor do documento contraria a posição oficial do Itamaraty, que diz tratar a portas fechadas com Cuba a situação dos direitos humanos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Lula chora em evento durante homenagem a ele em Recife:

O documento, datado de 24 de novembro de 2009, relata como diversos países se relacionam com Cuba. O Brasil foi classificado como aqueles que adotam a posição de "melhores amigos para sempre". Segundo o documento, esse grupo - do qual o Brasil seria um "modelo" - reúne países que "não fazem nada e não dizem nada" sobre as violações dos direitos dos cidadãos cubanos. Segundo os diplomatas americanos, os países desse grupo não tratariam de "temas de direitos humanos nem mesmo se o governo de Cuba não fizesse objeções a isso".

O vazamento WikiLeaks
No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.

Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais, e solto no dia 16. Agora, Assange espera em liberdade condicional por uma nova audiência de extradição.



Fonte: Redação Terra
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