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Política

Médico acha "bastante difícil" Alencar ir a posse de Dilma

28 dez 2010 - 12h08
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Simone Sartori
Direto de São Paulo

O oncologista Paulo Hoff, um dos médicos da equipe que atende o vice-presidente José Alencar, afirmou na manhã desta terça-feira, no Hospital Sírio-Libanês, região central de São Paulo, que é prematura qualquer previsão de alta para o vice-presidente comparecer à cerimônia de posse de Dilma Rousseff, no próximo sábado.

"Nós vamos fazer uma avaliação até o último minuto pelo desejo muito grande de o vice-presidente participar da posse, mas, neste momento, ele não tem condições. Ele está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e qualquer plano futuro não passa de uma estimativa. Confesso a vocês que, por mais nós queiramos que ele vá até a posse, neste momento, parece ser bastante difícil", afirmou.

O médico reiterou que José Alencar está lúcido e já foi informado sobre o procedimento para identificar o ponto exato de um sangramento. "O vice-presidente, obviamente, está sempre muito interessado em fazer tudo o que for necessário para melhorar sua saúde", disse.

Ontem, o cardiologista Roberto Kalil Filho também afirmou que Alencar não iria à posse "de jeito nenhum" se o evento fosse na última segunda-feira, mas que o estado de saúde dele é estável dentro da gravidade do quadro.

O vice-presidente foi internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, na última quarta-feira, dia 22 de dezembro, em caráter de urgência, com quadro de hemorragia digestiva grave. Nesta manhã, o médico Paulo Hoff confirmou que José Alencar será submetido, à tarde, a um procedimento chamado arteriografia para identificar o ponto exato de um "sangramento intestinal intermitente".

Ele está acompanhado da mulher, Mariza Gomes da Silva e, até as 11h30, não havia recebido visitas. O Hospital Sírio Libanês deve divulgar um novo boletim médico sobre o estado de saúde do vice-presidente no período da tarde, após o exame o qual Alencar será submetido nesta terça-feira.

Luta contra o câncer

Alencar luta contra o câncer desde 1997, quando, após um check-up, foi encontrado um tumor no rim direito e outro no estômago, retirados naquele mesmo ano. Em 2000, uma nova cirurgia retirou um tumor na próstata. Depois da remoção de outros nódulos no abdome, Alencar foi diagnosticado com câncer no intestino.

Ao todo, ele foi submetido a 17 cirurgias nos últimos 13 anos. Em janeiro de 2009, ele enfrentou cerca de 17 horas de operação para a retirada de nove tumores na região abdominal. Na mesma cirurgia, os médicos retiraram parte do intestino delgado, outra do intestino grosso e uma porção do ureter, canal que liga o rim à bexiga. Alencar chegou a ficar internado 22 dias após a operação. A última cirurgia ocorreu na última quarta-feira, quando Alencar foi internado no Sírio-Libanês em caráter de urgência, com quadro de hemorragia digestiva grave.

Fonte: Terra
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