Acordo autoriza início da Força de Pacificação no Penha-Alemão
Foi assinado na manhã desta quinta-feira no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, um acordo entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o governador do Rio, Sérgio Cabral, que autoriza o início dos trabalhos da Força de Pacificação (FPaz), no complexo Penha-Alemão. O acordo também define as regras de engajamento para a operação da FPaz - constituída pelo Exército e pelas polícias Civil e Militar.
"Agora este espaço deixa de ser local do poder paralelo", disse Cabral, que também disse que a polícia do Rio não tinha ideia da quantidade e dimensão das atividades dos criminosas no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro.
De acordo com o Ministério da Defesa, a Força de Pacificação atuará para garantir a lei e a ordem na área abrangida pelo complexo.
Segundo o governador, a polícia do Rio de Janeiro não tinha ideia da quantidade nem da dimensão das atividades dos criminosas do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.
Jobim atribuiu o sucesso da operação nos morros do Rio de Janeiro à atuação conjunta das autoridades federais, estaduais e municipais do Rio de Janeiro. "Vamos demonstrar que não há incompatibilidade entre os direitos humanos e a segurança pública", afirmou. Segundo o ministro, agora há um arcabouço jurídico para mostrar o que cada um pode fazer, já que o acordo delimita os espaços geográficos de atuação e as ações cabíveis de cada instituição componente da Força de Pacificação. Há também, para ele, regras de engajamento que definem claramente todas as ações que podem ser executadas pelos militares na operação.
