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Polícia

RJ: milícia desarticulada utilizava veículos oficiais da PM

23 dez 2010 - 02h36
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Carros oficiais da Polícia Militar eram usados pela maior milícia de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense - desarticulada terça-feira pela Polícia Civil e Ministério Público (MP) - para vigiar as áreas dominadas pelo bando. De acordo com denúncia do MP, o segundo-tenente Samuel Felipe Dantas de Farias desempenhava importante papel na quadrilha. Era ele quem, valendo-se do fato de ser oficial, manipulava as ações policiais e o atendimento de ocorrências, desviando viaturas e dando aparência de legalidade ao suposto serviço de ronda.

O tenente, segundo o MP, "gerenciava as atividades ilícitas que davam o lucro à quadrilha, dando atenção especial à venda de armas de fogo a traficantes do Complexo do Alemão, ao monopólio sobre a mercadorias de cestas básicas, distribuição ilícita de TV a cabo, empréstimos de dinheiro a juros de 30% mensais e exploração do jogo de azar". A atuação do policial ocorria principalmente nos bairros Pantanal, Vila Rosário e Parque Suécia.

Conforme denúncia do MP, era Samuel quem repassar as ordens dos chefes - os vereadores Jonas Gonçalves da Silva, o Jonas É Nós, e Sebastião Ferreira da Silva, o Chiquinho Grandão, ambos preso - para os milicianos da região que gerenciava. As determinações incluíam divisões de lucros, assassinatos, ameaças e agressões.

O oficial e mais 12 PMs da ativa foram presos terça-feira durante a Operação Capa Preta. Também foram capturados quatro ex-PMs, um comissário da Polícia Civil, um sargento do Exército, um fuzileiro naval.

O bando é acusado de ter cometido, em três anos, cerca de 50 homicídios no município, todos nos oito bairros que o bando controlava. Entre os crimes, a polícia investiga a morte de um presidente de associação de moradores.

Fonte: O Dia
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