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Polícia

Indígenas invadem camping de parque florestal em Florianópolis

22 dez 2010 - 00h30
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Fabricio Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

Um grupo formado por cerca de 60 índios vindos do Rio Grande do Sul invadiu um parque florestal de propriedade do governo de Santa Catarina na noite desta terça-feira, em Florianópolis (SC). Os indígenas saíram do Estado gaúcho para vender artesanato nas praias da capital catarinense durante a temporada de verão. Os índios chegaram em um ônibus e tomaram o camping do parque estadual do Rio Vermelho, na região norte da cidade, a área seria reaberta à população na próxima quinta-feira (23). O local é administrado pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA).

De acordo com o presidente da entidade, Murilo Flores, dois policiais faziam a segurança do local no momento da invasão e não conseguiram conter os índios. O grupo tomou a sede do parque e mesmo com a intervenção de representantes da FATMA, se nega a sair do local. "Os policias não conseguiram impedir que eles entrassem e estamos tentando contato para que a Funai (Fundação Nacional do Índio) assuma a intermediação da conversa com os representantes do grupo (...) é uma situação que preocupa, pois os índios vieram para Santa Catarina para vender produtos nas praias e invadindo uma área que seria aberta para camping na próxima quinta", disse Murilo.

Caso a intervenção da Funai não resolva o impasse, a FATMA não descarta a possibilidade de uma ação judicial ainda nesta quarta-feira. "Pediremos a saída deles em caráter liminar. Foi uma luta e uma pressão enorme para que conseguíssemos fazer o camping reabrir no verão", afirma Murilo.

O camping do Rio Vermelho está localizado entre a praia do Moçambique e a Lagoa da Conceição, na estrada geral do Rio Vermelho. Com 41 mil m² e capacidade para 600 barracas e 50 trailers por dia, a área está localizada a cerca de 3 km da Barra da Lagoa, um dos balneários mais procurados na temporada.

A reabertura do camping vinha sendo aguardada por ansiedade no meio turístico local. Com preços bastante reduzidos - cerca de R$ 10,00 por dia - o local reuniu 2,4 mil pessoas no ano passado. Os indígenas invadiram a sede do parque, que conta com churrasqueira, campo de futebol, área de recreação e uma trilha de acesso à praia do Moçambique.

Fonte: Especial para Terra
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