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Polícia

Operação Mãos Limpas: prefeito de Macapá é preso pela PF

18 dez 2010 - 12h40
(atualizado às 16h40)
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Mario Tomaz
Direto de Macapá

O prefeito de Macapá, Antônio Roberto Rodrigues Góes da Silva (PDT), foi preso por volta das 7h (6h no horário local) deste sábado pela Polícia Federal (PF), em sua residência na Lagoa dos Índios. Ele é suspeito de desviar verbas públicas do Estado, de acordo com a Operação Mãos Limpas, que já prendeu 40 pessoas desde setembro, inclusive o governador, Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP).

O prefeito de Macapá é acusado de desviar verbas públicas
O prefeito de Macapá é acusado de desviar verbas públicas
Foto: Mario Tomaz / Especial para Terra

Roberto Góes deve transferido ainda hoje para prestar esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e depois será levado para o presídio da Papuda (DF). A prisão foi decretada pelo ministro Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após as investigações avançarem a partir de denúncias de pessoas ligadas ao prefeito na administração municipal.

A Polícia Federal esteve na semana passada cumprindo mandado de busca e apreensão na Secretaria de Finanças, onde foram encontrados R$ 35 mil, mas não foi divulgado o dono do montante.

Operação Mãos Limpas

STJ preside as investigações da Operação Mãos Limpas, que apuram desvio de recursos da União para a área de educação no Amapá. A Polícia Federal constatou que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas.

Segundo a PF, o esquema também era aplicado em outros órgãos públicos, entre eles o Tribunal de Contas do Estado do Amapá, a Assembléia Legislativa, a Prefeitura de Macapá e as secretarias estaduais de Justiça e de Saúde.

O prefeito de Macapá já havia sido preso em flagrante no primeiro dia da operação, por porte ilegal de arma, mas foi solto após pagar fiança de R$ 1,2 mil. No total, a PF prendeu 18 pessoas no dia 10 de setembro, além de ter apreendido R$ 1 milhão em dinheiro, cinco carros de luxo e duas armas.

O governador do Estado, Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP), também foi preso durante a operação. Ele estava no cargo desde que Waldez Góes (PDT), também preso na primeira etapa da operação, saiu do governo para concorrer a uma vaga no Senado. O ex-governador Waldez Góes é primo do prefeito da capital Roberto Góes.

Além do Estado do Amapá, os mandados de prisão estão sendo cumpridos no Pará, Paraíba e São Paulo. Participam da ação 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria Geral da União.

Os envolvidos são investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.

Fonte: Especial para Terra
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