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Política

Presidente do PPS pede afastamento da nova relatora do Orçamento

13 dez 2010 - 16h02
(atualizado às 16h19)
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O presidente do Partido Popular Socialista (PPS), deputado federal Roberto Freire, pediu nesta segunda-feira o afastamento da nova relatora do Orçamento Geral da União de 2011, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). "Não é possível que o governo não tenha um senador ficha-limpa para ser relator do Orçamento", afirmou.

De acordo com a reportagem da revista Veja, a assessora de Serys, Liane Muhlemberg, desde 1997 é presidente do Instituto de Pesquisa, Ação e Mobilização (Ipam), que recebia recursos públicos destinados por emendas parlamentares ao Orçamento. Ainda segundo a revista, Liane teria assinado um documento em que negava ser funcionária do Senado justamente para poder receber os recursos públicos enviados pelas emendas do Legislativo.

Para Roberto Freire o pedido de demissão Liane não encerra o caso e a senadora também deveria deixar o cargo. "Que se encontre outro senador para o lugar desta senadora, senão contamina o Orçamento tanto quanto aconteceu com o relator anterior", disse o presidente do PPS.

O montante em emendas conseguido pela auxiliar de Serys chegaria a R$ 4,7 milhões em convênios com o governo sem precisar de licitação.

Serys negou ter repassado verbas ao instituto. "Eu não sabia dessa relação da servidora com o instituto, não sei nem o nome dele. Nunca fiz emendas ou gestão nesse sentido. Ela foi nomeada por mim, mas eu não sabia da situação dela. Me senti enganada, me senti traída", disse.

A senadora afirmou que não se sente responsável pelo caso e que está "segura" para relatar o Orçamento. "Não estou envolvida e estou totalmente à vontade para relatar o Orçamento", afirmou.

Este é o segundo escândalo envolvendo pessoas indicadas pelo governo para assumir o Orçamento. O antecessor de Serys, senador Gim Argello (PTB-DF) foi destituido do cargo depois que destinou emendas para "instituições fantasmas". A líder do governo, Ideli Salvatti (PT-SC) chegou a assumir o posto por horas, mas desistiu da função, alegando incompatibilidade, já que assumirá um ministério no governo de Dilma Rousseff.

Fonte: Redação Terra
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