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Polícia

TRF manda prender bicheiro Rogério de Andrade e rival

10 dez 2010 - 17h28
(atualizado às 17h41)
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O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) informou nesta sexta-feira que foram determinadas as prisões dos contraventores Rogério de Andrade e Fernando Miranda de Iggnácio, seu rival na exploração ilegal de jogos. Na quinta-feira, a 2ª Turma Especializada do TRF2 julgou as apelações dos 11 réus, entre eles os dois contraventores, condenados por integrar a máfia dos caça-níqueis - alvo de uma operação da Polícia Federal em 2006. Na decisão, foram mantidas as sentenças de dez dos acusados.

Em abril, o filho de Rogério de Andrade morreu em um atentado no Rio
Em abril, o filho de Rogério de Andrade morreu em um atentado no Rio
Foto: Douglas Shineidr / Futura Press

Segundo a Justiça, eles se dividiam em três grupos e lutavam entre si pelo controle dos pontos de exploração ilegal do jogo na zona oeste do Rio de Janeiro. As quadrilhas eram lideradas por Iggnácio, genro do falecido banqueiro do jogo do bicho Castor de Andrade, Rogério de Andrade, sobrinho do bicheiro, e Paulo César Ferreira do Nascimento, conhecido como Paulo Padilha.

As penas, referentes aos crimes de formação de quadrilha, contrabando e corrupção ativa e passiva, variam de sete a 18 anos de reclusão. As mais altas foram impostas aos chefes dos três bandos. O único absolvido foi o policial civil Jorge Luiz Fernandes, cuja participação na organização criminosa não foi provada, conforme a Justiça.

Recurso

A relatora do processo, desembargadora federal Liliane Roriz, rebateu as alegações da defesa dos acusados de que as escutas telefônicas, principal de prova em que se apoiaram as condenações, foram ilegais. Para os advogados, gravações teriam sido editadas pelos policiais e que os nomes dos supostos donos das vozes teriam sido acrescentadas nos autos pelos investigadores. Eles também alegaram que os leitores óticos para a identificação automática de cédulas, usados nas máquinas caça-níqueis, não poderiam ser considerados fruto de contrabando, já que o equipamento também é utilizado em máquinas como as que comercializam refrigerantes em estações de metrô.

A desembargadora destacou a licitude das provas produzidas por escutas telefônicas, que foram autorizadas pelo Judiciário apenas depois que a PF apresentou em juízo vários indícios da materialidade e autoria dos crimes. Também, afirmou, o teor das gravações foi disponibilizado aos advogados dos réus desde o início do processo. "A defesa poderia tê-lo contraditado oportunamente", disse.

Atentado mata filho de Rogério de Andrade
Em abril deste ano, o filho de Rogério, Diogo Andrade, 17 anos, morreu na explosão do carro em que ambos estavam, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. O contraventor se feriu no rosto e precisou passar por uma cirurgia.

Segundo peritos, Rogério e Diogo haviam acabado sair de uma academia de ginástica e estavam supostamente escoltados por dois carros com PMs que fariam sua segurança particular quando o veículo que ocupavam explodiu. O impacto da explosão foi tão forte que arrancou o teto do veículo, arremessou o para-brisa a cerca de 70 m, incendiou parte de um Vectra - onde estavam os seguranças - e atingiu um Peugeot. Outro Vectra, com mais três PMs da escolta, foi abandonado a 150 m do local.

Havia suspeitas de que o explosivo estava dentro do carro e foi acionado à distância ou seria uma espécie de bomba-relógio. Outra hipótese é de que as vítimas estariam manuseando uma granada no veículo. Há informações de que, após sofrer um atentado, Rogério teria passado a circular portando granadas.

Fonte: Redação Terra
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