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Polícia

MP investigará hospital onde menina morreu por vaselina

9 dez 2010 - 19h22
(atualizado às 21h03)
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Um inquérito foi instaurado pelo Ministério Público (MP) de São Paulo nesta quinta-feira para investigar as condições de trabalho dos profissionais da saúde e o armazenamento dos produtos do Hospital São Luiz Gonzaga, que pertence à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O inquérito foi motivado pela morte da menina Stephanie dos Santos Teixeira, 12 anos, no último sábado, dia 4. Ela recebeu, por engano, uma solução de vaselina líquida em sua corrente sanguínea.

"Em princípio, vamos ver quem são os responsáveis pela parte técnica de guardar os materiais do hospital e ouvir, com certeza, a chefe de materiais. Queremos saber se existe um procedimento de confirmação da prescrição médica e dos nomes dos medicamentos. Se for necessário, ouviremos a enfermeira que admitiu ser a responsável pela troca dos frascos", disse a promotora de Direitos Humanos da área de saúde pública, Ana Lúcia Menezes Vieira.

A promotora afirmou que há um inquérito aberto há cerca de um ano e meio, que investiga falta de profissionais e atendimentos inadequados no hospital. Segundo Ana Lúcia Menezes Vieira, o MP vai contar com a ajuda do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) e do Conselho Regional de Medicina do Estado São Paulo (Cremesp).

A Polícia Civil investiga a morte de Stephanie, que passou mal após ser atendida no Hospital São Luiz Gonzaga. O pai da menina foi à delegacia e disse que sua filha foi internada por volta das 15h de sexta com dores abdominais, diarreia e vômito e que, de acordo com a ficha de evolução clínica, foi ministrada solução de vaselina líquida em sua corrente sanguínea, o que agravou seu estado de saúde.

A garota foi transferida às 21h30 para a Santa Casa de São Paulo e morreu à 0h20 de sábado. A ocorrência, que foi registrada como homicídio culposo, está sendo ivestigada no 73º DP (Jaçanã). Na quarta-feira, a auxiliar de enfermagem Catia Aragaki, que teria injetado a substância no organismo da menina, foi indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

Fonte: Redação Terra
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