Polícia apreende 2 t de maconha no Complexo do Alemão
7 dez2010 - 18h51
(atualizado às 20h59)
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Policiais do 1º BPM (Estácio) apreenderam cerca de 2 t de maconha no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira. Os PMs, que participam da força de segurança instalada na região desde 28 de novembro, patrulhavam pela favela quando receberam a denúncia de moradores. A droga estava em armários de uma casa na região conhecida como Fazendinha.
Mais tarde, policiais do Batalhão de Choque da PM (BPChoque) apreenderam armas, explosivos e drogas no Complexo do Alemão. Os PMs faziam patrulhamento pela mata, próximo à pedreira de Inhaúma, na favela da Fazendinha, quando localizaram o material escondido sob a folhagem.
Eles apreenderam um fuzil 762, duas granadas, munição e carregadores para pistolas e fuzis, 13 pacotes e um tablete de maconha, quatro pacotes de cocaína e material para endolar drogas. Ninguém foi preso e todo o material foi levado para a 22ª DP (Penha).
Violência no Rio
O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.
Um botijão de gás, um forno microondas, quatro cadeiras e um passarinho foi o pouco que a família conseguiu tirar de casa
Foto: Reinaldo Marques / Terra
No cair da noite, mais de 60 homens do exército chegaram para reforçar policiamento. Pularam do caminhão, apontando armas para todos os lados. Foram prontamente cercados por fotógrafos, sem fazer nenhuma menção para afastá-los
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Durante o dia inteiro, o bar do Maluco vendeu água para as dezenas de jornalistas e cerveja para os moradores, que viam ali a "Tropa de elite em 3D", como definiu um curioso
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Durante o sábado inteiro, o bar do Maluco passou a tarde cheia
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Enquanto bar pegava fogo, policial ficava à espreita, de longe
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Após muito tempo, é que o comerciante retirado de um estabelecimento que pegou fogo recebe os primeiros socorros dos bombeiros
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Moradores chamam por socorro a morador, enquanto este recebe massagem cardíaca
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Morador tenta reanimar dono de bar que inspirou muita fumaça em incêndio
Foto: Reinaldo Marques / Terra
No fim do dia, policiais perceberam que no bar do Maluco existiam sete máquinas caça níqueis. Sorte de um garoto, que recolheu algumas moedas que caíram durante o transporte da tralha
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Morador carrega botijão de gás ao deixar sua casa no Complexo do Alemão
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Soldados a postos no Complexo do Alemão
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Homens das Forças Armadas se protegem atrás de carro
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Homens em carro do Exército circulam pelas ruas do Complexo do Alemão
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Antes da noite cair, duas mulheres carregavam um bolo de dois andares, pois o aniversário de 15 anos não pode ser adiado
Foto: Reinaldo Marques / Terra
No cair da noite, mais de 60 homens do exército chegaram para reforçar policiamento
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Moradores tentam levar uma vida normal apesar da presença dos militares
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Como em uma novela, a anunciada invasão do morro, que desde a manhã de sábado era noticiada como iminente, ficou para o capítulo seguinte