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Cidades

PM registra centenas de peixes agonizando em Porto Alegre

6 dez 2010 - 11h52
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Centenas de peixes apareceram agonizando nesta manhã próximo à ponte do Guaíba, na região central de Porto Alegre (RS). De acordo com o Comando Ambiental da Polícia Militar, o primeiro registro de problema ambiental foi notificado por volta das 7h. Técnicos da Fundação de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam) estavam no local por volta das 11h30 colhendo amostras da água para posterior análise.

Apesar de não haver confirmação sobre as causas do adoecimento dos animais, há suspeitas de que haja falta de oxigenação no estuário do Guaíba - no qual deságuam os rios dos Sinos, Gravataí, Caí e Jacuí. Na semana passada, focos de mortandade de peixes foram registrados no rio Sinos, nas cidades de Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga. A principal suspeita é de que a presença de produtos químicos na água vem provocando os desastres ambientais na região.

Segundo o comandante do Comando Ambiental, coronel Jorge Luiz Agostini, 99% dos cardumes que apareceram agonizando nesta segunda-feira são da espécie pintado, que respiram pela pele e possuem maior resistência à baixa oxigenação. "Qualquer afirmação sobre as causas neste momento é mera especulação, mas há aparente falta de oxigênio no local", afirmou o coronel, que explicou que a região afetada é próxima ao canal de navegação do Guaíba, com profundidade de cerca de 9 m, "onde normalmente a oxigenação é melhor".

"Às 7h, foram avistados dois peixes mortos na região, um deles com sinais de hemorragia, com aparente envenenamento", disse Agostini. De acordo com o coronel, duas lanchas do Comando Ambiental fazem o trajeto do rio Sinos até o fim do estuário, para tentar localizar novos focos de mortandade. "Um helicóptero também foi acionado para sobrevoar o rio Gravataí", entre Porto Alegre e Canoas, afirmou.

Além do desastre ambiental, caso fique comprovado que há pouco oxigênio no Guaíba, o caso terá impacto na qualidade de vida da população e na economia da capital, segundo o coronel. "A captação de água para consumo certamente vai ser mais onerosa. A colônia de pescadores certamente também vai ser afetada", disse.

Fonte: Redação Terra
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