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Polícia

RJ: moradores aprovam medidas contra o tráfico, diz Ibope

2 dez 2010 - 10h06
(atualizado às 20h43)
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Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Ibope, 88% da população do Rio de Janeiro declarou aprovar as medidas tomadas contra o tráfico de drogas no Estado nas últimas semanas. Foram feitas 1 mil entrevistas por telefone com residentes de todo o Estado do Rio de Janeiro, entre os dias 27 e 29 de novembro, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 3% dos cariocas afirmaram desaprovar as medidas e 7% disseram que nem aprovam e nem desaprovam.

Perguntados quanto à sensação de segurança com as medidas adotadas, 41% sentem-se seguros e 30% disseram se sentir inseguros. Quando perguntadas sobre que tipo de lugar o Rio se tornaria no final da operação contra o tráfico, 70% dizem que será um lugar mais seguro, enquanto 17% disseram que não fará diferença. Outros 6% disseram que o Rio ficará mais inseguro.

A população do Rio de Janeiro também confia na capacidade da polícia em reprimir a ação dos bandidos, diz a pesquisa: 82% dos entrevistados entendem que ela é capaz e apenas 8% dizem que a polícia não é capaz.

Sobre a imagem do Rio no exterior após a operação, 69% dos entrevistados consideram que a imagem será melhor, 15% acreditam que a imagem ficará pior e 11% acham que não fará diferença.

Em relação à expectativa para o desfecho do conflito, 72% estão otimistas, 16% se dizem nem otimistas e nem pessimistas e 10% se sentem pessimistas.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis incendiaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer). Na terça-feira, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal se juntaram às forças de segurança no combate à onda de violência que resultou em mais de 180 veículos incendiados.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram a vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que foi cercado no sábado. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do Complexo do Alemão, praticamente sem resistência dos criminosos, segundo a Polícia Militar. Entre os presos, Zeu, um dos líderes do tráfico, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2002.

Desde o início dos ataques, pelo menos 39 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.

Fonte: Redação Terra
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