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Política

Lula: não tem por que não comprar novo avião presidencial

30 nov 2010 - 20h13
(atualizado às 21h26)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista após visitar as obras de uma hidrelétrica no Maranhão, que "não tem por que não comprar" um avião melhor, que seria utilizado nas futuras viagens da presidente eleita Dilma Rousseff. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o atual modelo utilizado tem capacidade para 12 horas de voo. Ele não deu, no entanto, detalhes sobre modelos nem quando se daria a aquisição.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o governo negocia a aquisição de um avião presidencial maior e mais caro que o atual. A aeronave deverá ser um aparelho europeu da Airbus - um modelo de reabastecimento aéreo A330-MRTT, equipado com área VIP presidencial e assentos normais. O custo é de até cinco vezes os US$ 56,7 milhões (R$ 98 milhões na sexta-feira) pagos em 2005 pelo avião atual, um Airbus-A319 em versão executiva.

Sobre a onda de violência que atinge o Rio de Janeiro desde o dia 21 de novembro, Lula manteve a posição de apoio ao Estado enquanto este achar necessário. Segundo o presidente, o governo federal dá amplo apoio às ações realizadas pela polícia no combate aos traficantes.

Lula qualificou ainda como "insignificante", em relação ao Brasil, o conteúdo dos documentos de diplomatas americanos divulgados pelo site Wikileaks. "Se fossem importantes (os documentos) não teriam sido vazados", afirmou Lula ao ser perguntado sobre a possibilidade de serem divulgados outros documentos que possam comprometer o governo.

Entre os documentos divulgados está uma conversa do ministro da Defesa, Nelson Jobim, com um diplomata americano na qual o brasileiro teria criticado a suposta ideologia antiamericana do ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães. Jobim reconheceu que conversou com o embaixador, mas negou as afirmações atribuídas a ele.

Lula visitou as obras da hidrelétrica de Estreito, no Maranhão. A usina vai gerar 1.087 megawatts de energia. A potência é suficiente para abastecer uma cidade com quatro milhões de habitantes. A obra está 90% concluída e entra, agora, na reta final

Lula elogia Dilma em inauguração no PA

Na primeira inauguração em que estiveram lado a lado desde a eleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita Dilma Rousseff trocaram afagos. Ela elogiou o legado que receberá a partir de primeiro de janeiro, enquanto Lula disse estar com inveja do momento de sua ex-ministra. Ambos participaram de uma inauguração de uma eclusa da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, nesta terça-feira.

"Eu já estou até com inveja, porque eu passei oito anos dizendo 'pela primeira vez na história do País', 'nunca antes na história do Brasil'. A Dilminha vai começar, e eu vou estar ouvindo no rádio lá: 'nunca antes na história do Brasil', 'pela primeira vez na história do Brasil'", disse Lula, usando frases que se tornaram marca de seus discursos.

"Ao invés de ficar com raiva, como meu adversário ficou, eu vou ficar feliz", afirmou Lula, ao lado de Dilma. A presidente eleita, que discursou antes dele, citou a "herança bendita" que receberá de Lula e fez menção especial às mulheres.

Depois, ao tomar o microfone, o presidente disse, brincando, que "se a Dilma não falar bem de mim, dia primeiro de janeiro eu saio correndo com a faixa".

As eclusas de Tucuruí compõem um conjunto de tanques para elevar ou baixar embarcações entre níveis diferentes. Cada um dos tanques mede 33 m de largura por 210 m de comprimento, com 44,5 m de altura e capacidade para dar passagem a 40 milhões de t de cargas por ano.

Com informações das agências Reuters e EFE.

Fonte: Redação Terra
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