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Polícia

Delegado destaca retirada de armas de bandidos do Alemão

28 nov 2010 - 15h11
(atualizado às 15h35)
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O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Allan Turnowski, afirmou neste domingo que a polícia está conseguindo tirar o que tem de pior do tráfico de drogas, que são as armas. A declaração foi feita em um vídeo produzido especialmente para as redes sociais. Na gravação, ele ainda agradeceu a participação e o apoio dos internautas.

"Bandido sem arma não é bandido. A quantidade de armas que tá sendo retirada da mão desses bandidos já diminuiu muito a potencialidade deles. Tem muitos bandidos ainda no Complexo do Alemão e a gente tem ainda a esperança de capturá-los", disse.

"O Complexo do Alemão e a Vila Cruzeiro eram os quartéis generais que a polícia não conseguia chegar. Agora, mesmo que os bandidos não sejam achados imediatamente, qualquer lugar que eles vão se esconder não é nada parecido com o Alemão. São locais em que a polícia pode ir com facilidade e com isso dar uma virada na área de segurança, no sentido de uma redução mais drástica dos índices de criminalidade", afirmou.

Segundo ele, foram apreendidas pelo menos 20 armas, muita munição e 6 t de maconha, além de dezenas de granadas hoje na operação de ocupação do Complexo do Alemão. "É um complexo muito grande, que vai requerer um bom tempo para ter todos os seus objetivos checados, mas eu acho que a entrada dessa vez, com menos confronto, com menos problema, representa que a estratégia do governo, de integração entre esferas do poder e com a sociedade, deu resultado", afirmou.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer).

Cartas divulgadas pela imprensa na segunda-feira levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado.

Na terça, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal passaram a integrar as forças de segurança para combater a onda de violência.

Desde o início dos ataques, o governo do Estado transferiu 18 presidiários acusados de liderar a onda de ataques para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Os traficantes Marcinho VP, Elias Maluco e mais onze presidiários que estavam na penitenciária de Catanduvas foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Muitos traficantes fugiram para o Complexo do Alemão. O sábado foi marcado pelo cerco ao Complexo do Alemão. À tarde, venceu o prazo dado pela Polícia Militar para os traficantes se entregarem. Dentre os poucos que se apresentaram, está Diego Raimundo da Silva dos Santos, conhecido como Mister M, que foi convencido pela mãe e por pastores a se entregar. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do complexo.

Desde o início dos ataques, pelo menos 38 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.

Fonte: Redação Terra
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