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Polícia

Polícia apreende fuzis, granadas e mira a laser no Alemão

28 nov 2010 - 09h22
(atualizado às 12h13)
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Vagner Magalhães
Luís Bulcão Pinheiro
Direto de Rio de Janeiro

A Polícia Civil informou neste domingo que pelos menos 16 fuzis e muitas granadas foram encontradas na localidade do Areal, no centro da Favela da Grota, no Conjunto de Favelas do Alemão. O delegado Felipe Curi afirmou que entre as apreensões está uma submetralhadora, um acessório de mira a laser para fuzil, além de uma quantidade não especificada de drogas. Segundo o delegado, não houve resistência.

De acordo com o delegado Rodrigo Oliveira, as ruas da comunidade estão desertas. Minutos antes, policiais apreenderam muito material para endolação de drogas e cocaína em uma casa localizada a 300 m de um dos acessos ao Complexo do Alemão. Ninguém foi preso.

A Polícia Militar lotou a caçamba de uma caminhonete com as armas e drogas apreendidas no complexo do Alemão. O material será levado para o 16º BPM (Olaria). No Alemão, também foram encontrados 15 coletes do Exército.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer).

Cartas divulgadas pela imprensa na segunda-feira levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado.

Na terça, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal passaram a integrar as forças de segurança para combater a onda de violência.

Desde o início dos ataques, o governo do Estado transferiu 18 presidiários acusados de liderar a onda de ataques para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Os traficantes Marcinho VP, Elias Maluco e mais onze presidiários que estavam na penitenciária de Catanduvas foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Muitos traficantes fugiram para o Complexo do Alemão. O sábado foi marcado pelo cerco ao Complexo do Alemão. À tarde, venceu o prazo dado pela Polícia Militar para os traficantes se entregarem. Dentre os poucos que se apresentaram, está Diego Raimundo da Silva dos Santos, conhecido como Mister M, que foi convencido pela mãe e por pastores a se entregar. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do complexo.

Desde o início dos ataques, pelo menos 38 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.

Com informações do o Dia

Fonte: Redação Terra
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