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Polícia

Dilma presta solidariedade ao RJ no Twitter: estamos juntos

26 nov 2010 - 21h24
(atualizado às 23h12)
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A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), comentou na noite desta sexta-feira, pelo Twitter, sobre a onda de violência no Rio de Janeiro e manifestou apoio às ações executadas pelo governo estadual. "Quero dar minha solidariedade ao povo do Rio e apoio ao (governador) Sergio Cabral. Estamos juntos nesse enfrentamento com o crime organizado".

Ex-secretário nacional comenta ação militar no Rio:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia manifestado que as autoridades do Rio de Janeiro tem o total apoio do governo federal na luta contra o tráfico e a violência. "Tudo o que precisarem e tudo o que possamos fazer pelo Rio, nós faremos", afirmou na Guiana, onde participa da reunião de cúpula presidencial da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O governo federal autorizou a participação de agentes da Polícia Federal e do Exército na força-tarefa que combate a onda de ataques no Rio de Janeiro. Mais de mil homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército e 300 policiais federais chegaram ao Estado nesta sexta-feira. A Marinha colabora nas operações desde quinta, quando utilizou blindados para liberar o acesso à vila Cruzeiro.

Desde o início dos ataques, no domingo, pelo menos 36 pessoas morreram nos confrontos com a polícia. Segundo o último balanço divulgado pela Polícia Militar (PM) nesta sexta-feira, outras duas pessoas ficaram feridas. Quatro suspeitos foram presos. Os policiais apreenderam ainda cinco armas de fogo, oito coquetéis molotov e uma garrafa de gasolina.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.

Na quarta-feira, com o policiamento reforçado e as operações nas favelas, 15 pessoas morreram em confronto com os agentes de segurança, 31 foram presas e dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se feriram, no dia mais violento até então. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas. Além disso, 15 carros, duas vans, sete ônibus e um caminhão foram queimados no Estado.

Ainda na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos. Até quarta-feira, 23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado

Na quinta-feira, a polícia confirmou que nove pessoas morreram em confronto na favela de Jacaré, zona norte do Rio. Com isso, desde domingo, o número de mortos na onda de violência nas ruas do Rio de Janeiro e nas cidades da região Metropolitana chegou a 32. Durante o dia, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na maior operação desde o começo dos atentados. Os agentes contaram com o apoio de blindados fornecidos pela Marinha. Quinze pessoas foram presas ao longo do dia e 35 veículos, incendiados.

Durante a noite, 13 presidiários que estavam na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná, foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Entre eles, Marcinho VP e Elias Maluco, considerados, pelo setor de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança, diretamente ligados aos atos de violência ocorridos nos últimos dias. Também à noite, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinou autorização para que 800 homens do Exército sejam enviados para garantir a proteção das áreas ocupadas pelas polícias. Além disso, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, anunciou que a Polícia Federal vai se integrar às operações.

Fonte: Redação Terra
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