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Polícia

Processo contra acusado de matar Eloá volta à fase de instrução

25 nov 2010 - 18h08
(atualizado às 18h39)
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgou nesta quinta-feira que a defesa de Lindemberg Alves Fernandes, 22 anos, acusado pela morte da namorada Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, obteve habeas-corpus garantindo que o processo volte a fase de instrução. Com isso, o julgamento que estava marcado para o dia 21 de fevereiro de 2011, no Tribunal de Justiça de São Paulo, foi cancelado.

Eloá chora nas horas de tensão quando era mantida refém em apartamento de Santo André
Eloá chora nas horas de tensão quando era mantida refém em apartamento de Santo André
Foto: Reinaldo Marques / Terra

Segundo o STJ, os desembargadores consideraram haver falhas de procedimento que comprometeram a defesa, de forma que uma nova audiência deve ser marcada. A decisão sobre do habeas-corpus resultou em empate, o que favoreceu o pedido da defesa.

O crime aconteceu em outubro de 2008 e foi transmitido em rede nacional por diversas emissoras. O réu invadiu a casa da sua ex-namorada, no Bairro de Jardim Santo André, em Santo André (SP), numa crise de ciúmes, e manteve Eloá e alguns de seus amigos em cárcere privado. Após quase cem horas de negociações, Eloá foi morta com dois tiros.

Lindemberg afirma que o tiro que matou a jovem partiu de um disparo policial. A defesa do jovem pediu para ter direito a contestar as provas posteriormente juntadas aos autos, bem como uma nova oitiva de testemunhas. Ele está preso há dois anos na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo. Com a decisão, a defesa apresentou outro habeas-corpus pedindo a liberdade provisória de Lindemberg.

O caso

Lindemberg fez Eloá refém no apartamento da família dela depois de invadir o imóvel na tarde do dia 13 de outubro de 2008. A adolescente estava no local com a amiga Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, e dois colegas de escola. Os meninos foram liberados naquela noite.

Nayara saiu do cativeiro no dia seguinte, após 33 horas. Ela retornou ao apartamento na quinta-feira em uma tentativa de negociar com Lindemberg, mas foi capturada novamente e lá permaneceu até o desfecho do sequestro. A ação terminou com as duas meninas baleadas pelo sequestrador, em 17 de outubro.

Integrantes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar (PM) alegam que invadiram o apartamento após terem ouvido um tiro. Eloá teve morte cerebral confirmada dois dias depois. Nayara levou um tiro no rosto e teve recuperação total.

Fonte: Redação Terra
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