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Posição da igreja sobre preservativo não mudou, diz cardeal

24 nov 2010 - 12h36
(atualizado às 13h02)
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O cardeal da arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, classificou o discurso sobre camisinha "secundário" e negou na manhã desta quarta-feira que a posição da Igreja Católica tenha mudado em relação ao uso do preservativo. Segundo o sacerdote, o Papa Bento XVI flexibilizou a camisinha para casos de prostituição como um "recurso derradeiro", e, "de forma nenhuma", isso seria um marco para a mudança nas concepções sobre o recurso para contracepção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Na semana passada, pela primeira vez na história, um Papa admitiu o uso do preservativo para casos envolvendo prostituição num livro em que concede uma entrevista para um repórter alemão. Dom Odilo afirmou que a igreja segue não aprovando e nem aconselhando o que chamou de "profilático", mas recomendando primeiro a abstinência sexual, depois a fidelidade ao parceiro e a camisinha apenas como um último recurso.

"Se a gente disser que mudou, seria uma mentira. Não mudou a posição moral no uso do preservativo, a igreja é contrária à banalização da sexualidade", disse o cardeal. O religioso ainda declarou que a igreja é a responsável por manter grande parte das casas que auxiliam portadores do vírus HIV no mundo. "A igreja faz mais que todos os outros pelos portadores de AIDS no mundo", disse.

Questionado sobre o ato de violência supostamente homofóbica praticado na avenida Paulista, Dom Odilo foi enfático. "É absolutamente não aceitável."

Fonte: Redação Terra
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