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Política

Senado: convocação de consulta popular por civis é aprovada

17 nov 2010 - 14h01
(atualizado às 14h18)
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, a possibilidade da população apresentar propostas de convocação de plebiscito e referendo sobre "temas de interesse nacional". A proposta de emenda à Constituição (PEC) estabelece que essas propostas sejam apresentadas por projetos de decreto legislativo para a apreciação da Câmara e do Senado.

"A justificativa é a necessidade de deixar livre de dúvidas a possibilidade de cidadãos, em grupo determinado, provocarem diretamente no parlamento a consulta popular sobre temas de interesse nacional", afirmou o relator, Antonio Carlos Valadares.

O texto, que agora vai para a apreciação do plenário do Senado, dividiu a opinião dos parlamentares da CCJ, independente de serem da base aliada ou da oposição. O presidente da comissão, Demóstenes Torres (DEM-GO), contrário à matéria, disse que sua aprovação pode gerar "insegurança jurídica terrível no País".

Torres acrescentou que da forma genérica como a prerrogativa está colocada na PEC a sociedade poderá decidir se iniciativas deliberadas pelo Congresso Nacional valerão a partir da apresentação do projeto de decreto legislativo para a realização de referendo sobre o assunto em questão. O presidente da CCJ citou, por exemplo, as mudanças no Código de Processo Civil em análise pelo parlamento.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tem opinião semelhante à do presidente da CCJ. "Se votarmos contra ela (a tramitação) não se encerra aqui. Ela vai a plenário com parecer contrário. Votarei contra porque acho que é uma temeridade", afirmou o peemedebista.

Já para Aloizio Mercadante (PT-SP), que defendeu a aprovação da matéria, a ampliação da capacidade da população apresentar propostas de realização de plebiscito e referendo não traz qualquer restrição às prerrogativas dos deputados e senadores. "Não há prejuízo algum porque (o projeto de decreto legislativo) vai passar pela Câmara e pelo Senado e os parlamentares aprovarão ou não", afirmou.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), também defendeu a proposta. Segundo ele, a PEC amplia a possibilidade de iniciativa popular em temas que podem ser importantes para o País. "Creio que não há, na proposta, nenhum propósito de gerar insegurança política. A norma constitucional diz que todo poder emana do povo e por ele será exercido", disse o tucano.

Agência Brasil Agência Brasil
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