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Polícia

Caso Joanna: Justiça do Rio nega liberdade a médica novamente

17 nov 2010 - 10h08
(atualizado às 10h11)
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A médica Sarita Fernandes Pereira, acusada por má conduta médica e contratação de um estudante para atuar como médico, teve negada novamente a liberdade após julgamento do processo que apura a morte da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, ocorida em 13 de agosto deste ano, Hospital Amiu, no Rio de Janeiro. A decisão do juiz Guilherme Schilling, do 3º Tribunal do Júri da capital, saiu nesta terça-feira às 22h, informou a assessoria de imprensa do Tribunal da Justiça do Estado.

Uma nova audiência foi marcada para o dia 06 de dezembro em que serão ouvidos testemunhas do médico André Lins de Almeida - nome usado pelo estudante Alex Sandro da Cunha Souza para fazer o atendimento - e de Sarita Fernandes Pereira.

De acordo com informações do TJ-RJ, a médica Vivian Ribeiro Gonçalvesdisse que a menina não apresentava convulsão no dia em que ela a atendeu -15 de julho, antes da médica Sarita Fernandes - e, também, segundo o pai e a madrasta, Joanna não tinha quadro de convulsões. Por isso, de acordo com a médica, não houve a solicitação de exames. Entretanto, a testemunha afirmou que o pai teria dito que há 15 dias a menina já não conseguia controlar sua urina.

A assessoria informou que foram ouvidas 12 testemunhas na audiêndia de terça-feira. Das 23 testemunhas arroladas pela defesa, 11 foram dispensadas a pedido dos próprios advogados da ré.

Sarita Fernandes Pereira e o estudante de medicina Alex Sandro da Cunha Souza, foragido, são réus no processo. Eles atenderam a criança no Hospital Rio Mar, que fica na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O universitário foi denunciados pelo atendimento da menina sem acompanhamento profissional, tendo sido orientado em contato telefônico por Sarita, passando-se pelo médico André Lins de Almeida, que sequer trabalhava no hospital.

Entenda o caso

Joanna morreu no início da tarde de 13 de agosto, no Hospital Amiu, em Botafogo, na zona sul, onde estava internada em coma desde o dia 19 de julho. Segundo o hospital, a menina sofreu uma parada cardíaca.

A menina foi internada no CTI do hospital da zona sul com um edema cerebral, hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas e no tórax, segundo parentes. A suspeita era que ela teria sido espancada e torturada pelo pai. O caso foi levado para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).

Na investigação, a polícia descobriu que a menina havia sido atendida em outro hospital, o Rio Mar, na zona oeste, onde um falso médico teria dado alta a ela quando ainda estava desacordada. Ele foi identificado como um estudante do 5º período de Medicina.

Em depoimento, o estudante afirmou que havia sido contratado por Sarita Pereira, que teria uma clínica que prestava serviços ao Rio Mar. Ainda segundo a polícia, Souza afirmou que a mulher forneceu a documentação e o carimbo com nome e a inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) de um médico para que ele usasse nos atendimentos.

Fonte: Redação Terra
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