PUBLICIDADE

Política

Promotor vai pedir novo teste de alfabetização para Tiririca

12 nov 2010 - 18h39
(atualizado às 18h52)
Compartilhar

O promotor de Justiça Eleitoral da 1ª Zona de São Paulo, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, vai entrar com um mandado solicitando um novo teste de alfabetização para o deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca. Em nota distribuía nesta sexta-feira, o promotor afirmou que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) impediu o Ministério Público (MP) de demonstrar que teriam ocorrido os crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento na declaração de escolaridade entregue por Tiririca na candidatura.

O promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes vai entrar com mandado pedindo novo teste de alfabetização a Tiririca
O promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes vai entrar com mandado pedindo novo teste de alfabetização a Tiririca
Foto: Evelson de Freitas / Agência Estado

O promotor também deverá impetrar um segundo mandado de segurança por entender que, ao aplicar o teste para aferir a alfabetização do deputado, o juiz eleitoral extrapolou os limites de sua atribuição. Segundo Maurício Lopes, o teste somente poderia ser aplicado pelo TRE, já que o registro da candidatura de Tiririca foi feito perante o TRE, e não perante à Zona Eleitoral.

O presidente do TRE-SP, desembargador Walter de Almeida Guilherme, afirmou que Tiririca leu e escreveu durante um teste realizado na manhã da última quinta-feira. O magistrado explicou que ele passou por um ditado com um trecho de um parágrafo recolhido do livro Justiça Eleitoral: Uma Retrospectiva, edição de 2005, página 51. "A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral", escreveu Tiririca, segundo o TRE.

Ele também foi submetido a um teste de leitura e interpretação com manchetes do Jornal da Tarde como "Procon manda fechar loja que vende produto vencido" e "O tributo final a Senna". Questionado se o deputado eleito obteve sucesso no teste, o desembargador disse apenas que "ele soube escrever". Quanto ao teste de leitura, declarou que "ele deu conta de ler". Sobre a decisão da aprovação ou não do deputado eleito no teste, ele preferiu não comentar, já que ela cabe ao juiz responsável.

Candidato a deputado mais votado em todo o País, com 1,3 milhão de votos, Tiririca é alvo de uma ação penal aberta para investigar se houve falsificação em sua declaração de escolaridade. Em sua defesa, ele alegou que teve a ajuda de sua mulher para fazer a declaração de próprio punho entregue à Justiça Eleitoral ao registrar a candidatura. O humorista afirmou sofrer de problemas motores que o impedem de segurar uma caneta com firmeza.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade