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Casos de dengue quase dobram no País; 592 morreram em 2010

11 nov 2010 - 17h01
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Claudia Andrade
Direto Brasília

O número de casos de dengue no Brasil até o dia 16 de outubro deste ano chegou a 936,2 mil, acima dos 489,8 mil contabilizados pelo Ministério da Saúde no mesmo período do ano passado. Neste ano, 14,3 mil foram considerados graves, enquanto no ano passado, 8,7 mil enquadraram-se nesta condição. As mortes provocadas pela doença atingiram 592 em 2010, contra 312 óbitos registrados em 2009, até meados de outubro.

Um dos principais motivos apontados pelo ministério para o aumento do número de casos foi a volta da dengue tipo 1, que havia predominado no País até o final da década de 90. Outros problemas são as condições precárias de saneamento básico e coleta de lixo e falta de abastecimento de água em alguns municípios.

"É preciso garantir a integração de políticas públicas, porque a dengue não pode ser combatida só pelo setor da saúde. As secretarias de limpeza urbana, educação e comunicação têm que atuar em conjunto", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

O ministro anunciou que visitará vários Estados do País para divulgar a importância do combate ao mosquito da dengue. Ele ressaltou também a necessidade de continuar com ações de enfrentamento da doença, mesmo com a troca de comando nos Estados após as eleições.

"Os que estão passando suas atividades para um novo governo devem assegurar a disponibilização de informações, recursos financeiros e pessoal para garantir a continuidade das ações", disse.

A nova campanha publicitária de conscientização da população abandona a mensagem "Brasil unido contra a dengue" que, segundo pesquisas do ministério não chamava mais a atenção, e adota o slogan "Dengue: se você agir, podemos evitar". Segundo o ministro, "são peças mais impactantes, com estatísticas de mortalidade".

Números
O resultado parcial do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti, com dados até outubro deste ano, aponta 15 municípios com risco de surto da doença, que incluem duas capitais: Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). No total, foram verificados 11 municípios no Nordeste, três no Norte e um no Sudeste nesta condição.

Para ser considerada uma cidade com risco de surto, mais de 3,9% dos domicílios pesquisados devem ter apresentado larvas do mosquito. O levantamento foi feito a partir das informações fornecidas por 300 das 425 cidades programadas para enviar seus dados sobre a doença. No ano passado, 169 municípios participaram da pesquisa.

Outros 123 municípios estão em situação de alerta por apresentarem larvas do mosquito Aedes aegypti de 1% a 3,9% dos imóveis analisados. Destas cidades, 11 são capitais: Salvador (BA), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ), Maceió (AL), Recife (PE), Goiânia (GO), Aracaju (SE), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Vitória (ES).

Fonte: Especial para Terra
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