Começa busca por desaparecidos da ditadura em cemitério de SP
Após a descoberta de um suposto depósito clandestino de ossadas no cemitério de Vila Formosa, zona norte de São Paulo, o Ministério Público Federal (MPF), a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), o Instituto Nacional de Criminalística e o Instituto Médico Legal de São Paulo iniciaram os trabalhos de localização dos restos mortais de aproximadamente dez desaparecidos políticos, entre eles os de Virgílio Gomes da Silva, o Jonas.
De acordo com a Procuradoria da República, a família de Virgílio Gomes da Silva obteve documentos que apontam o número do terreno em que ele teria sido enterrado no cemitério, em 1969.
Com a ajuda de um radar de penetração no solo e fotografias aéreas de 1972, peritos localizaram uma estrutura que pode estar relacionada a um depósito de ossos embaixo de um canteiro onde se encontrava um letreiro do cemitério, o que deve ser confirmado após escavação no local.
As exumações e abertura da estrutura encontrada deverão ocorrer na última semana de novembro. As ossadas que eventualmente forem encontradas no depósito clandestino permanecerão no local, que deverá ser mantido intacto até a sua abertura e, posteriormente, identificado e vedado até remoção definitiva.
Mais de 450 pessoas foram mortas ou desapareceram durante o período do último regime militar no Brasil (1964-1985).
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