PUBLICIDADE

Política

Casa Civil: citados em inquérito da PF não respondem às perguntas

4 nov 2010 - 17h24
(atualizado às 19h52)
Compartilhar
Claudia Andrade
Direto de Brasília

A Polícia Federal colheu nesta quinta-feira (4) os depoimentos de duas pessoas citadas no inquérito que apura denúncias sobre a existência de um suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil. No entanto, nem João Batista Marques de Souza nem Adriano da Silva Costa responderam às perguntas, segundo informações da PF.

Ao deixar a superintendência da Polícia Federal, em Brasília, o advogado Emiliano Aguiar, que defende João Batista de Souza, não quis nem mesmo confirmar se seu cliente havia ficado calado durante o depoimento, alegando que o processo está "sob segredo de Justiça".

Souza seria sócio-administrador da Synergy Assessoria e Consultoria Empresarial, que também seria usada nas negociações e primo de Vinícius de Oliveira Castro, assessor da Casa Civil que pediu demissão depois de ter seu nome ligado às denúncias de lobby. Reportagem do jornal O Globo aponta a Synergy como empresa fantasma aberta em fevereiro deste ano.

O advogado Emiliano Aguiar também é o responsável pela defesa de Vinícius Castro e sua mãe Sônia Castro, que, assim como João Batista Souza, ficaram calados no depoimento. Vinícius e Sônia também são acusados de envolvimento no suposto esquema de favorecimento de empresas privadas em negociações com o governo.

Adriano Costa seria representante da empresa usada por Israel Guerra, filho da ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, para intermediar negócios na Pasta. Tanto Israel quanto seu irmão Saulo estiveram no início de outubro na Polícia Federal e, por orientação de seu advogado, permaneceram calados.

O depoimento de Tatiana Blanco, filha do ex-diretor de Operações dos Correios coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, foi remarcado para a próxima segunda-feira (8).

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade