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Polícia

Rio: soldado que matou homem em motel alega legítima defesa

3 nov 2010 - 13h39
(atualizado às 13h44)
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Luis Pinheiro
Direto do Rio de Janeiro

O soldado paraquedista do Exército Salomão Silveira, 21 anos, preso em flagrante na madrugada desta quarta-feira ao matar por estrangulamento Darci Ataíde Cavalcante, 55 anos, em um motel na zona oeste do Rio, afirmou que agiu em legítima defesa. Segundo o paraquedista, a vítima fez ameaças e o obrigou a entrar no carro e ir até o motel.

Dentro do quarto, Salomão teria aproveitado a distração da vítima e o atacou. "Ele se despiu e falou: ou você vai fazer na boa ou vai fazer na marra", afirmou o militar. Segundo sua versão, Salomão teria desferido um soco contra a vítima, seguido de um golpe de estrangulamento. Ele contou ser faixa roxa de jiu-jitsu.

O paraquedista alega que sua intenção não era matar a vítima. Ele disse que queria apenas fazer Darci desmaiar para poder escapar. "Tentei fugir, a segurança não deixou. Então eu pedi para que chamassem a polícia".

Salomão contou que mora na Ilha do Governador com a mãe e disse não ter antecedentes criminais. A Polícia Civil ainda investiga a ficha criminal do militar. "Eu contei o que aconteceu. Mas até agora ninguém acredita em mim. Acham que eu sou homossexual. Está complicado", disse ele ao ser apresentado na delegacia.

Polícia contesta versão de militar

A polícia contesta a versão de Salomão. De acordo com o delegado Felipe Etori, titular da Delegacia de Homicídios do Rio, a vítima não estava armada e não havia sinal de que o paraquedista tenha resistido ao entrar no motel. "Essa explicação, tendo em vista os elementos colhidos pela perícia, que o quarto estava em alinho, nada sumiu, e ele não alertou nenhum funcionário (do motel) de que estava sendo constrangido a entrar no quarto, cai por terra totalmente", afirmou Etori.

Fonte: Especial para Terra
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