PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Polícia

RJ: polícia investiga se menina encontrada em lixeira conhecia o assassino

2 nov 2010 - 05h51
Compartilhar

Um crime bárbaro chocou moradores do Morro da Providência, na Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro. A menina Camila Evangelista da Conceição, 9 anos, foi encontrada morta, na manhã de segunda-feira, sem roupas. Ela estava desaparecida desde a noite de domingo, quando andava de bicicleta na Rua Coronel Audomaro Costa, onde morava com os pais e seis irmãos, na localidade conhecida como Cajueiro. Segundo a polícia, há indícios de que a menina tenha sido estuprada.

Na hora em que Camila desapareceu, havia uma festa de vizinhos na rua. A menina foi morta com um objeto que a perfurou perto da clavícula e na altura da costela. O corpo estava na Ladeira Madre de Deus, próximo à Rua Camerino, por volta das 7h30, coberto com lençol branco e sob sacos de lixo. A polícia não descarta que ela tenha sido atraída por um conhecido, pois, segundo a família, a menina não tinha o costume de se afastar da rua de casa.

Busca pela madrugada

"Moro aqui há 20 anos e nunca soube de um tarado ou estuprador. Como alguém pode fazer uma maldade dessas?", lamentava o pai, o pedreiro desempregado José Carlos da Conceição, 59 anos. "Ela estava andando com a bicicleta de uma vizinha. Fui à janela algumas vezes, dar uma olhada na Camila. Os irmãos mais velhos estavam na festa. Por volta de 21h, pedi para um deles chamá-la, e ele não a encontrou", lembrou o pai. "Procuramos a madrugada toda na comunidade".

A família chegou ao local onde o corpo foi encontrado ao ser avisada por catador de lixo. Policiais não deixaram José Carlos se aproximar até a chegada dos investigadores da Delegacia de Homicídios (DH). Angustiado, ele andava pela rua de um lado para o outro. "Meu coração bate dizendo que é ela", desesperava-se.

"Ela foi para casa, tomou banho e prendeu o cabelo louro antes de ir para a festa. Ainda disse para ela não se afastar dali. Quando vi Camila ali caída, vi logo o cabelo bagunçado e o rosto inchado".

Policiais estão à procura de testemunhas e câmeras que possam mostrar Camila passando com alguém. A bicicleta não foi encontrada. Em dezembro, a família já havia perdido outro filho, de 5. O menino foi atropelado por uma van quando amarrava o tênis.

Mãe diz que coleguinha viu Camila

A mãe da menina, a dona de casa Maria do Carmo Evangelista dos Santos, 50, tentava não acreditar que pudesse ser a sua filha. Na delegacia, ela disse que ficou um pouco na festa e que se separou da menina para ir comprar cigarros.

"Mandei ela devolver a bicicleta e ir para casa. Cheguei lá e ela demorou muito. Uma amiguinha disse ter visto Camila passando de bicicleta pela Rua Barão de São Félix, à meia-noite. Fui até lá e ainda pensei que ia dar uma palmada nela pelo susto, mas não a encontrei", disse, abalada.

O pedreiro José Carlos reconheceu o corpo apenas às 10h50. Como a menina estava muito ensanguentada, bombeiros ainda limparam o rosto de Camila, para que o pai pudesse vê-la. A mãe, três irmãos e vizinhos esperavam a resposta na esquina.

Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade