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Polícia

PF estoura cassino clandestino com material de candidato do RJ

22 out 2010 - 05h21
(atualizado às 05h23)
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Agentes da Delegacia da Polícia Federal de Nova Iguaçu estouraram um cassino clandestino no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no fim da noite de quinta-feira. No local, os policiais encontraram santinhos de um candidato a deputado estadual, cerca de R$ 3 mil em dinheiro, mesas, fichas de jogos, baralhos, computadores, anotações contábeis e uma lista com nomes de prováveis jogadores e frequentadores. O local teria sido instalado e seria frequentado pela cúpula dos jogos eletrônicos e da contravenção do Rio, segundo a polícia. Uma moto foi apreendida. Ninguém foi preso.

Segundo o titular da PF de Nova Iguaçu, Alexandre Saraiva, no imóvel alugado há quatro meses, na Rua Mirim, 75, foram encontrados além do material de campanha do candidato a deputado estadual Marotte (PMBD), convites antigos para a posse de vereadores e de prefeito do município. Tudo estava guardado juntamente com outros documentos dentro de uma quarto protegido por barras de ferro. O material será encaminhado e o fato informado ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ).

A operação batizada de Tamandaré visava encontrar caça-níqueis no local. No entanto, os policiais acabaram descobrindo que no imóvel funcionava o Seven Teen Poker. Além de uma sala principal com duas mesas para a jogatina, também havia mais cinco outros cômodos transformados em sala de jogos. Em um suíte de luxo funcionava a central de monitoramento de segurança do cassino clandestino. Através de várias câmeras era possível acompanhar a movimentação fora e dentro do imóvel. Na parte superior, havia apenas quartos ainda não mobiliados.

A Polícia Federal já identificou o responsável pelo aluguel da casa, que pagava cerca de R$ 3 mil mensais ao proprietário. O delegado Alexandre Saraiva não soube informar o montante movimentado nas noitadas de jogatina no cassino, que eram aleatórias. o levantamento do dado só será possível após a verificação da documentação e dos computadores apreendidos.

"Nos surpreendeu o tamanho da casa, o conforto oferecido aos frequentadores e o aparato de segurança montado eletrônicamente, com possibilidade de fuga pelos fundos", descreveu Alexandre Saraiva. "Não sabemos quem era o responsável do jogo aqui, mas podemos afirmar que o alto escalão dos bingos e das máquinas caça-níqueis frequentava o local. Isso tudo organizado pela cúpula da contravenção", disse, sem citar nomes.

Ainda de acordo com Alexandre Saraiva, a jogatina na Baixada Fluminense vem sendo investigada pela PF de Nova Iguaçu há um ano. No mesmo horário, ainda pela operação Tamandaré, três pessoas foram presas e 13 máquinas caça-níqueis apreendidas no bairro Cerâmica.

Ainda na quinta-feira, no Rio, 1.146 máquinas caça níqueis, que estavam armazenadas em um depósito da Polícia Civil, na Leopoldina, foram destruídas por uma retroescavadeira. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, participou do evento.

Fonte: O Dia
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