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Mundo

Polícia suíça nega que brasileira tenha sido esquartejada

14 out 2010 - 11h44
(atualizado às 13h05)
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Lúcia Müzell
Direto de Paris

A polícia regional de Berna, na Suíça, negou nesta quinta-feira ao Terra que a brasileira Aparecida de Fátima Lorca Schori, 45 anos, tenha sido esquartejada, ao contrário do que foi publicado na imprensa brasileira, citando fontes do consulado do Brasil em Zurique. "Ela foi encontrada esfaqueada e morreu em decorrência dos ferimentos. Em nenhum momento afirmamos que partes do seu corpo tinham sido decepados", afirmou uma policial, por telefone.

A brasileira foi encontrada morta esfaqueada na terça-feira em uma casa de massagens da rua Ernst-Schüler, região central de Bienna, cidade de 50 mil habitantes a 40 km da capital Berna. O corpo de Fátima permanece no Instituto Médico Legal de Berna, instalado na universidade da cidade, e só deve ser liberado depois que os principais elementos da investigação policial do homicídio forem elucidados. "É o procedimento normal quando acontece um crime", disse.

A polícia demonstrou preocupação com a verificação das informações publicadas no Brasil e prefere manter os detalhes do caso em sigilo, depois que, em 2008, uma brasileira moradora da Suíça prestou queixa de uma falsa agressão por xenofobia. As investigações do caso provaram que a mulher havia inventado a história e se automutilado. Na época, o caso ganhou grande repercussão no Brasil e provocou até reações diplomáticas entre os dois países.

O consulado do Brasil em Zurique confirmou que a polícia suíça tem se mantido discreta na divulgação de informações sobre o crime, até mesmo com as autoridades brasileiras no país. O cônsul-geral-adjunto, Júlio Victor do Espírito Santo, afirmou ao Terra que a polícia estaria em contato com a Interpol para tentar obter possíveis pistas relevantes.

"Não temos informações sobre nada porque nós sequer conseguimos nos encontrar com a polícia por enquanto. Eles preferem concluir a fase de investigações antes de nos informar sobre o que estão descobrindo, ou não", afirmou Espírito Santo.

Até por volta das 11h40, as investigações ainda não haviam apontado nenhum suspeito pelo assassinato. A suposta arma utilizada para matar a brasileira foi encontrada no local. No entanto, as buscas por suspeitos no bairro onde a vítima foi encontrada não teriam resultado em novas pistas. A polícia não detalhou que arma foi usada, apenas informou que se trata de um "objeto cortante".

Fátima, que, de acordo com a polícia suíça, trabalhava como prostituta na casa de massagens, tinha deixado o Brasil havia seis anos e se casado com um suíço, com quem tinha um filho. Ela ainda tinha outros dois filhos no Brasil. A polícia não informou se a brasileira e o suíço ainda mantinham a união, nem se os dois moravam na mesma casa. Já o Itamaraty informou que está acompanhando as investigações e os procedimentos consulares relativos à morte da mulher.

Fonte: Especial para Terra
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