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Governo lança documento com recomendações contra a Aids

4 out 2010 - 13h17
(atualizado às 13h20)
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O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Governo Federal lançou nesta segunda-feira o documento "Estratégias de Redução de Risco de Transmissão Sexual do HIV no Planejamento da Reprodução para Pessoas que Vivem e Convivem com HIV ou Aids¿. A publicação vai orientar profissionais de saúde sobre como tratar do assunto com casais soroconcordantes (quando ambos têm HIV) ou sorodiscordantes (quando um apenas é positivo para HIV) que desejam engravidar. A proposta é reduzir os riscos de transmissão sexual do HIV ao parceiro e evitar novas infecções, incluindo as hepatites virais.

De acordo com as novas recomendações, é necessário que as equipes de saúde estejam preparadas para discutir o assunto com as pessoas que vivem com a doença. Se houver desejo de paternidade ou maternidade, é necessário estabelecer um planejamento conjunto, de acordo com o ministério.

O texto estabelece ainda recomendações que já aconteciam desde 2006, mas que agora serão abordadas pelo documento, caso dos remédios antiaids que são ofertados pelo governo como prevenção de emergência para pessoas que mantiveram relação sexual sem camisinha com portadores do vírus, profissionais do sexo, usuários de drogas, gays e pessoas que sofreram abuso sexual. Os medicamentos são usados ainda como prevenção de emergência em hospitais para reduzir o risco de infecção, principalmente entre profissionais de saúde.

Recomendações

O texto do suplemento foi discutido e elaborado, com base em evidências científicas disponíveis, pelo Ministério da Saúde com os Comitês de Terapia Antirretroviral para Adultos e Terapia Antirretroviral para Gestantes Infectadas pelo HIV. Os dois comitês são formados por especialistas de todo o Brasil, representantes da sociedade civil, pesquisadores e gestores de DST e aids.

Além de distribuir o suplemento nos Serviços de Atendimento Especializados (SAES), o Departamento vai capacitar profissionais de saúde para atender casais que desejam ter filhos.

Com o suplemento, a intenção do Ministério é fazer com que a gravidez entre pessoas que vivem e convivem com HIV e aids aconteça com o máximo de segurança possível, tanto para os pais, quanto para o bebê. As tecnologias atualmente disponíveis e recomendadas no Brasil são capazes de reduzir o risco de transmissão vertical (de mãe para filho) para menos de 1%.

No Brasil, aproximadamente 80% das pessoas com aids se encontram na faixa etária reprodutiva. Entre 2008 e 2009, cerca de 6 mil mulheres que sabidamente viviam com HIV engravidaram.

Fonte: Redação Terra
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