PUBLICIDADE

Polícia

RJ: policiais que atiraram em carro de juiz podem ser exonerados

4 out 2010 - 08h28
(atualizado às 08h56)
Compartilhar

Diego Lopes, 11 anos, e Natália Lucas Cuker, 8 anos, respectivamente filho e enteada do juiz Marcelo Alexandrino, baleado em uma blitz da Polícia Civil no sábado à noite no Jacarepaguá, no Rio, estão em estado gravíssimo, respirando com a ajuda de aparelhos e sem previsão de alta.

Carro foi atingido por tiros de fuzil durante blitz da polícia
Carro foi atingido por tiros de fuzil durante blitz da polícia
Foto: Alexandre Brum / O Dia

O menino teve o pulmão e o fígado perfurados e a menina está com uma bala alojada na barriga. O magistrado continua internado no Hospital Pasteur em estado grave. No domingo, Allan Turnowski, chefe da Polícia Civil, determinou que a Corregedoria interna da instituição assuma o caso.

Turnowski ressaltou que esse tipo de operação policial vem sendo feita há oito meses em vias importantes do Estado, sem nenhum incidente até então. "Mas está claro que alguém mirou para acertar. Não há bala perdida em que todos os disparos acertam o alvo", concluiu.

Policiais podem ser exonerados

Em depoimento ao delegado Fábio da Costa Ferreira, da 41ª delegacia de polícia, os 4 policiais civis que faziam blitz no local afirmaram que o carro do juiz, que seguia para uma festa com a família, teria ficado no meio do fogo cruzado entre os agentes e bandidos que ocupavam um Honda. O automóvel do magistrado foi atingido por quatro tiros de fuzil. Ele disse não ter visto nenhum outro carro no momento em que foi baleado.

"Se ficar comprovado que os policiais mentiram para esconder a culpa, todos serão exonerados. Ao ficar sob estresse, o que faz parte da profissão, pode acontecer de o policial errar. Não podemos admitir mentira para encobrir um erro", declarou o chefa de polícia.

Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade