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Brasil repassa mais R$ 69 milhões para reconstrução do Haiti

30 set 2010 - 13h52
(atualizado às 13h55)
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Mais de oito meses depois do terremoto que destruiu o Haiti e matou 220 mil pessoas, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assinou vários acordos para o repasse de US$ 40 milhões (R$ 68,18 milhões) para o fundo de reconstrução do país e de mais US$ 709 mil (R$ 1,2 milhão) para uma série de projetos sociais. Em Porto Príncipe, Amorim reiterou que o objetivo do governo é manter o Brasil como o principal doador para o povo haitiano. Desde janeiro, foram repassados US$ 350 milhões (R$ 596,58 milhões).

Na conversa ocorrida na noite de quarta-feira com o presidente do Haiti, René Préval, e o primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive, Amorim entregou o projeto da Hidrelétrica de Artibonite. O cálculo é que apenas essa usina atenda cerca de 500 mil haitianos.

Uma caixa com o projeto, a maquete e os detalhes sobre cálculos e previsões, elaborados pela equipe de engenharia do Exército, foi entregue por Amorim a Préval. Para dar andamento ao projeto da hidrelétrica, Amorim confirmou que o Brasil vai repassar US$ 40 milhões (R$ 68,18 milhões) para o Fundo de Reconstrução do Haiti.

A pouco mais de dois meses das eleições gerais no Haiti, o Brasil vai cooperar na organização do sistema de votação, de recadastramento de eleitores e reorganização dos colégios eleitorais. Para ajudar nesse processo, o governo brasileiro repassou, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), US$ 500 mil (R$ 852,25 mil).

Para a recuperação e pavimentação de estradas, a engenharia do Exército brasileiro vai colaborar na elaboração de um projeto e execução das obras. Ontem, Amorim acertou o repasse de US$ 209 mil (R$ 356,24 mil) para o setor. Paralelamente, nas conversas com Préval e Bellerive, além da ministra dos Negócios Estrangeiros, Marie-Michèle Rey, e o representante especial das Nações Unidas, Edmond Mulet, o chanceler assinou dez acordos com o Haiti.

Os acordos envolvem capacitação profissional, formação de juízes eleitorais, treinamento especializado para as funções em Defesa Civil, programas de reflorestamento e construção de bancos de leite, entre outros.

Amorim encerra nesta quinta-feira a visita ao Haiti. A ideia é dedicar o dia à avaliação do processo de reconstrução do país após o terremoto de 12 de janeiro e das atividades da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) - que atua na segurança e estabilidade. Ele vai visitar a um projeto social, desenvolvido pelo Viva Rio, denominado Kay Nou, em uma das regiões mais violentas de Porto Príncipe, o bairro de Bel Air.

Agência Brasil Agência Brasil
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