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Política

MP-MS apura vídeo de suposto esquema de propina nos 3 Poderes

21 set 2010 - 22h52
(atualizado às 23h32)
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O Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MP-MS) informou, nesta terça-feira, que está investigando o envolvimento de integrantes do órgão em um esquema de propina, relatado em um vídeo disponibilizado na internet. Nas imagens, o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Ary Rigo (PSDB), detalha um suposto esquema propina que envolveria o governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), além de desembargadores do Tribunal de Justiça e membros do Ministério Público.

No vídeo que circula na internet, cuja gravação teria ocorrido no dia 12 de junho de 2010, Ary diz que R$ 2 milhões eram devolvidos, em dinheiro, ao "André", "900" aos desembargadores do Tribunal de Justiça, e "300" para o Ministério Público. O dinheiro segundo a gravação, seria da Assembleia. Ele afirma ainda que, por causa dos cortes, iriam devolver agora R$ 6 milhões ao governo.

No vídeo, Rigo afirma ainda que mudanças na legislação dificultaram a realização do esquema. "Lá na Assembleia, nenhum deputado ganhava menos de R$ 120 mil. Agora, os deputados vão ter que se contentar com 42".

A pessoa que fez a gravação, pergunta se a impossibilidade de dar dinheiro ao Ministério Público não complicaria a situação do prefeito da cidade de Dourados, Ari Valdecir Artuzi (sem partido), preso por envolvimento na "máfia do palito", que desviava recursos dos cofres públicos por meio de licitações superfaturadas e direcionadas. Ele e mais 59 pessoas foram denunciadas pelo caso, segundo investigações feitas pela Polícia Federal.

"O Ministério Público, o que tinha que fazer já fez, no passado. Pediu a denúncia. Agora, se ele cometer alguma besteira agora, ai, eles vão para cima. Porque eu não tenho mais como dar dinheiro", porque "entrou uma turma nova".

O Ministério Público afirmou está apurando os fatos e que foram "encaminhados documentos, CDs e DVDs decorrentes do monitoramento e captação ambiental de áudio e vídeo, todos devidamente autorizados judicialmente e realizados pela Polícia Federal, para o Procurador-Geral da República, em razão da prerrogativa de foro de algumas das autoridades citadas".

A corregedoria do Ministério Público instaurou procedimento para apurar o suposto envolvimento de integrantes do órgão no esquema citado no vídeo.

Fonte: Redação Terra
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