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Polícia

Fabricante de creme à base de maconha pode responder por tráfico

17 set 2010 - 03h03
(atualizado às 07h37)
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O hidratante à base de maconha que vinha sendo vendido em uma loja de Ipanema no Rio de Janeiro continha vestígios de THC, o princípio ativo da droga. Foi o que constatou a perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, da Polícia Civil, no produto Body Butter Hemp. Nessa quinta-feira, policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública fizeram operação na loja Empório Body Store, onde era vendido, na Rua Visconde de Pirajá, mas o cosmético já tinha sido retirado das prateleiras.

Segundo o delegado Fábio Cardoso, o fabricante vai responder por crime contra a saúde pública, por comercializar produto sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e por tráfico de drogas. "Agora vamos chamar os fabricantes para serem ouvidos", disse o delegado.

O depoimento poderá ocorrer por carta precatória já que a empresa é do Rio Grande do Sul. A pena por tráfico de drogas é de 5 a 15 anos de prisão e, por risco à saúde pública, de 10 a 15 anos. O laudo não especificou a concentração de THC, mas qualquer quantia é crime no Brasil.

Nessa quinta-feira, em nota, a empresa comunicou que não havia recebido nenhum laudo sobre o produto Body Butter Hemp ou comunicação oficial que comprove que o produto seja ilegal. "A matéria-prima é importada e comprada pela empresa Customer Service/Cosmotec, que alega que seus produtos são testados pelos órgãos competentes antes de serem distribuídos no País", diz o texto. Mas não comentou a ação da polícia.

O fabricante alega que há uma "quantidade ínfima do ativo entorpecente", segundo análise técnica feita pelo laboratório Biochemica.

Fonte: O Dia
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