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Organização declara óbito de baleia franca que encalhou em SC

14 set 2010 - 10h12
(atualizado às 14h59)
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O corpo técnico envolvido no caso da baleia franca que encalhou no dia 7 de setembro na praia de Itapirubá Sul, em Laguna (SC), declarou na madrugada desta terça-feira o óbito do mamífero, após o segundo procedimento de eutanásia, de acordo com o Projeto Baleia Franca (PBF). A baleia havia resistido aos medicamentos aplicados por volta das 20h de sexta-feira, quando ocorreu a primeira tentativa de eutanásia.

Desde quinta-feira, a baleia se encontrava em estado de choque e apresentava baixa frequência respiratória e poucos reflexos nas pálpebras do olho direito. A maré estava seca, o que possibilitou a aplicação dos medicamentos.

"Este era o último recurso que tínhamos para abreviar a situação. Embora a morte corresponda a uma ocorrência natural no âmbito do ciclo de vida dos animais, foi angustiante para todos nós, principalmente por se tratar de uma espécie ameaçada, porém que se encontra em recuperação populacional", afirmou Karina Groch, doutora em Biologia Animal que trabalha há 16 anos com a espécie e é diretora de pesquisa do Projeto Baleia Franca. Ela disse que o material coletado durante a necropsia será utilizado para posteriores pesquisas a respeito das baleias franca.

De acordo com a médica veterinária e doutora em Patologia Animal pela USP, Cristiane Koslenikovas, as informações sobre os tipos de medicamentos e as dosagens utilizadas no procedimento serão publicadas posteriormente em revistas científicas especializadas. Ainda segundo a especialista, a coleta de órgãos para análise começa a partir desta terça-feira. Conforme explicação da Chefe da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, Maria Elizabeth Carvalho da Rocha, após a conclusão da necropsia, a carcaça será enterrada na mesma região onde ocorreu o encalhe.

A coordenação das operações é integrada pela APA da Baleia Franca, Centro Mamíferos Aquáticos, Projeto Baleia Franca, R3 Animal e Unesc. Entre as instituições apoiadoras estão o Porto de Imbituba, Udesc, Laboratório Mamíferos Aquáticos (Lamaq) da UFSC, Capitania dos Portos de Laguna, Polícias Militar e Ambiental, Corpo de Bombeiros, Prefeitura de Imbituba, Prefeitura de Laguna, Adventure Turismo, Reloc, Arivale/Copagro, Casa das Baterias, Instituto Baleia Franca e Base Cangulo/AGTA.

Trator é usado para remover o corpo da baleia
Trator é usado para remover o corpo da baleia
Foto: Projeto Baleia Franca / Divulgação
Fonte: Redação Terra
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