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Cidades

SP: tempo seco aumenta nº de crianças atendidas em hospital

24 ago 2010 - 10h57
(atualizado em 25/8/2010 às 11h49)
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A massa de ar seco que cobre São Paulo deixou a umidade relativa abaixo dos níveis considerados adequados à saúde e obrigou a Defesa Civil a decretar a cidade em estado de alerta nos últimos dias. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, as condições meteorológicas adversas aumentam os riscos de ocorrências de problemas respiratórios, principalmente em crianças, e seus efeitos já são sentidos em hospitais da rede pública.

Faixa de poluição cobre a região da Mooca
Faixa de poluição cobre a região da Mooca
Foto: Luiz Guarnieri / Futura Press

O Hospital Infantil Cândido Fontoura registrou um aumento no número de crianças consultadas no último domingo. Segundo a Secretaria de Saúde, o hospital de referência atende, em média, 280 crianças por dia, mas, naquele dia, prestou atendimento a 416. A direção do hospital atribui ao tempo seco os atendimentos acima da média.

Apesar de não ter dados oficiais do impacto do tempo seco na rede pública hospitalar nos meses de inverno deste ano, levantamento da Secretaria da Saúde aponta que em 2009 houve, no período de maio a agosto, 45% mais internações por doenças respiratórias nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) paulista do que nos quatro meses anteriores - janeiro a abril. Em 2008, o crescimento foi ainda maior: 60%. Pneumonia e doenças crônicas das vias aéreas inferiores são os problemas que aparecem com mais frequência.

Crianças e idosos são os mais afetados pela baixa umidade do ar, por isso, é necessário atenção especial a esses dois grupos de pessoas, de acordo com a secretaria. A população deve ingerir bastante água, além de sucos naturais feitos de maneira adequada e água de coco.

Também é importante manter a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia problemas alérgicos. Dormir em local arejado e umedecido ajuda a minimizar os efeitos do tempo seco. Os ambientes podem ser umidificados com toalhas molhadas, reservatórios com água e até umidificadores. A secretaria recomenda ainda o uso de soro fisiológico para manter a lubrificação dos olhos.

Segundo a secretaria, a população deve evitar banhos com água muito quente, que provocam o ressecamento da pele, e usar sempre que possível um creme hidratante. Em caso de irritação das vias aéreas e dos olhos, a secretaria sugere o uso de soro fisiológico para lavar os olhos e as narinas.

Fonte: Redação Terra
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