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Polícia

Empresária teria sido morta em ritual no RS, diz delegado

23 ago 2010 - 15h21
(atualizado às 18h28)
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O principal suspeito pela morte da empresária de Canoas (RS) Solange Alves da Silva, que está foragido, era conhecido da família, de acordo com o delegado Rodrigo Zucco. A mulher, desaparecida desde janeiro, foi assassinada e teve o corpo colocado em uma cova coberta com concreto. A polícia investiga se ela foi enterrada vida. Segundo Zucco, o homem é pai de santo e a vítima teria morrido em um ritual religioso.

Os caixões foram encontrados no local onde o corpo foi escondido
Os caixões foram encontrados no local onde o corpo foi escondido
Foto: Polícia Civil / Divulgação

Dois dos três suspeitos de envolvimento na morte de Solange foram presos. Eles estão recolhidos no presídio central de Porto Alegre. Pela manhã, a polícia levou os dois ao local onde o corpo foi encontrado, para uma reconstituição. "Como o advogado deles não estava presente, só foi possível esclarecer algumas dúvidas acerca do crime, mas isso ainda será comunicado oficialmente", disse o delegado.

Segundo Zucco, a mulher foi morta no local onde o corpo foi encontrado, em uma área de reflorestamento de uma empresa produtora de celulose na cidade de Guaíba na região metropolitana de Porto Alegre, em fevereiro deste ano. "Sabendo da denúncia do crime, os suspeitos voltaram ao local para esconder melhor corpo. Eles usaram concreto e jogaram terra e folhas por cima da cova", disse, afirmando que se não fosse a denúncia feita por um quarto envolvido, a polícia não teria chegado ao local.

Segundo o delegado, o pai se santo teria atraído a vítima até o local com alguma desculpa religiosa. A empresária foi encontrada usando uma "capa de bruxa". No local onde o corpo foi escondido, foram encontrados dois pequenos caixões pretos com uma cruz vermelha e uma corrente. Segundo o delegado, os objetos são usados em rituais de magia, com o objetivo de evitar que o espírito da vítima deixe o local para buscar os autores.

O sumiço da empresária foi desvendado quando os agentes investigavam outro homicídio. De acordo com Zucco, o paradeiro do corpo foi informado, em depoimento, pelos pais de um rapaz que foi morto. Ele era usuário de drogas. O jovem teria contado aos pais antes de morrer que ele o os amigos tinham enterrado uma mulher viva em uma área de reflorestamento, depois de assaltá-la. O corpo da empresária foi identificado por meio de um exame de DNA feito pelo Instituto Geral de Perícia do Estado.

O pai de santo foragido, que tinha um centro religioso no centro da cidade de Alvorada (região metropolitana), é tio de um dos jovens presos. De acordo com Zucco, o grupo usou os cartões de crédito da vítima para sacar R$ 27 mil de sua conta, após sua morte. Em uma segunda tentativa, os suspeitos teriam usado um cheque de Solange para sacar R$ 100 mil, mas a transação foi bloqueada pelo banco.

Solange é mãe de dois filhos adultos, e os dois já foram ouvidos pela polícia. Ela era proprietária de pousadas, e lavagens de veículos, no bairro de Navegantes, zona norte de Porto Alegre. Segundo a polícia, os R$ 100 mil que ela possuía em sua conta bancária, seriam usados para a compra e reforma de um hotel.

Fonte: Redação Terra
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