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Presidente da Câmara cancela sessões após invasão de policiais

18 ago 2010 - 15h04
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), cancelou as sessões de votação previstas para a tarde desta quarta-feira, após o Salão Verde da Casa ser invadido por policiais que exigem a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 300, que unifica o piso salarial da categoria em todos os Estados. As sessões faziam parte da semana de esforço concentrado, que começou nessa terça-feira.

Temer disse que não aceitará pressão de invasores que dormiram na Câmara
Temer disse que não aceitará pressão de invasores que dormiram na Câmara
Foto: Jadson Marques / Futura Press

De acordo com a assessoria de Temer, o presidente afirmou que não "aceitará esse tipo de pressão" e alegou que há riscos à integridade física de vários deputados e servidores da Casa. Na noite de ontem, manifestantes a favor da PEC 300 invadiram o Salão Verde da Câmara - espaço que dá acesso a várias dependências da Casa, como o plenário e a sala da Presidência - e passaram a noite no local, onde permaneciam até as 14h40 desta quarta. Os policiais alegam que não sairão até a votação das PECs 300 e 308. A última cria a Polícia Penal.

Além da falta de segurança, Temer alegou falta de acordo para a votação das PECs e de três medidas provisórias (MP) que trancam a pauta de votações da Câmara. A MP 487 é a que causa maior polêmica, por conter 37 itens e tratar, entre os assuntos, da capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), propor mudanças nas ações das estatais e nas normas do financiamento estudantil. As outras duas medidas que trancam a pauta de votações - a 488 e a 489 - tratam da preparação do Brasil para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

A prioridade do governo é votar as três medidas provisórias, mas a oposição somente aceita votar as duas propostas de emenda à Constituição. Por falta de acordo, as votações destes itens só devem ser finalizadas após as eleições.

Fonte: Especial para Terra
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