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Oriente Médio

Contrariado, Lula assina decreto que aumenta sanções ao Irã

10 ago 2010 - 13h50
(atualizado às 14h25)
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Tatiana Damasceno
Direto de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira decreto que acata resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que amplia as retaliações ao Irã. "O presidente fez isso de certa maneira contrariado quanto ao conteúdo, porque nós votamos contra a resolução da ONU. Não acreditamos que essa resolução que estabeleceu sanções contribui para resolver o problema", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O ministro negou que as sanções possam afetar diretamente o Brasil. "Isso não afetará as relações do Brasil. Somos respeitadores das leis internacionais", disse Amorim.

Segundo o chanceler, o decreto de Lula diz respeito apenas às medidas determinadas pela ONU e não inclui sanções adicionais impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia. "O que nós estamos internalizando são as sanções adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. As sanções unilaterais, tanto dos EUA quanto da União Europeia, não nos concernem. As sanções multilaterais, que são da ONU, embora nós não concordemos, embora tenhamos achado elas inoportunas, nós internalizamos porque somos respeitadores da lei internacional", afirmou.

Celso Amorim disse que o Brasil tomará todas as medidas práticas para que todas as sanções sejam cumpridas, mas negou que elas prejudicam os negócios no Brasil. "Não creio que haja nada que diretamente nos atinja, no que nós estamos fazendo hoje. As dificuldades maiores são em questões que nós não estamos cooperando, por exemplo, o Irã não pode ser produtor de urânio. As outras resoluções dizem respeito à possibilidade de inspeção de navios se houver suspeita de que eles possam estar transportando alguma carga que a resolução proíbe. Isso permite, não é obrigatório", disse.

Fonte: Especial para Terra
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