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Rio: casos de dengue até agora são quase o dobro de 2009

27 jul 2010 - 18h37
(atualizado às 18h43)
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Os casos de dengue no Estado do Rio de Janeiro quase dobraram até agora em relação a todo ano de 2009. O aumento se deve à volta do vírus tipo 1 e da infestação do tipo 2 em municípios que ainda não tinham registrado a doença nos últimos dois anos, conforme disse o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde, Alexandre Chieppe, nesta terça-feira. De janeiro a junho foram 21.346 casos, com 31 mortes. Em 2009, foram 12.403 infectados e 12 pessoas morreram.

"(O número) preocupa, claro. O aumento de casos, no entanto, era esperado por conta da possibilidade de entrada de um tipo de vírus que não circulava aqui há muito tempo, o tipo 1, identificado em Estados próximos e o grande responsável pelo aumento dos casos", disse.

O município que lidera em número de infectados é São Gonçalo, na região metropolitana, com 1.805 casos e oito mortes, seguido de Tanguá, também na região metropolitana, com 1.730, e Macaé, no norte fluminense, com 1.670.

Dados questionados

O coordenador de Vetores de São Gonçalo, Jorge Luís de Oliveira, questiona os dados da Secretaria Estadual de Saúde e diz que apenas 696 casos da doença foram confirmados no município. Segundo ele, a prefeitura tem feito um amplo trabalho de conscientização nos bairros onde a doença se intensificou.

"Distribuímos tampas para caixa d'água e fazemos palestras educativas o ano inteiro. Vamos reforçar essas medidas, em parceria com as associações de moradores e ampliar as armadilhas para o mosquito nos locais que forem identificados índice alto de larvas", afirmou.

Apesar da contestação feita pelo coordenador de Vetores de São Gonçalo, a Secretaria Estadual de Saúde investiga as circunstâncias das mortes. A análise preliminar pode indicar falhas na rede de atendimento, mas também o fato de a dengue ter atingido pessoas com doenças crônicas.

A secretaria afirmou que está em estado de alerta e que reforçou a prevenção para impedir uma nova epidemia como a de 2008, quando foram registrados cerca de 250 mil casos de dengue no Estado. "Queremos o sistema mais sensível para detecção e tratamento precoce da doença", disse Oliveira.

Sintomas e prevenção

O vírus da doença, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, passa por um período de incubação de quatro a 10 dias. Após o período, aparecem sintomas como febre alta, dor nas articulações e músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos.

As medidas que evitam a proliferação mosquito são: manter a caixa d'água, tonéis e barris ou outros recipientes que armazenam água totalmente tampados e limpos na sua parte interna; remover tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas e não deixar a água da chuva acumular sobre as lajes; encher de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de plantas; não guardar objetos que possam acumular água, como potes, latas e garrafas vazias; e manter lixeiras bem fechadas.

Agência Brasil Agência Brasil
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