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Polícia

Menor suspeito de matar Eliza é apreendido na casa de Bruno

6 jul 2010 - 13h57
(atualizado em 7/7/2010 às 11h01)
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Luís Bulcão
Direto do Rio de Janeiro

Policiais da Divisão de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro fizeram uma diligência na casa do goleiro Bruno, do Flamengo, nesta terça-feira e levaram para a delegacia um menor de 17 anos que estava no local. Ele é suspeito de ter participado do assassinato da jovem Eliza Silva Samudio, que teria um filho com o goleiro. O rapaz começou a depor às 15h.

Goleiro é o principal suspeito por suposta morte da estudante desaparecida desde o dia 4 de junho
Goleiro é o principal suspeito por suposta morte da estudante desaparecida desde o dia 4 de junho
Foto: Márcia Feitosa/Vipcomm / Divulgação

A apreensão ocorreu depois que a polícia recebeu uma denúncia de um parente do menor em uma rádio, dizendo que ele estava escondido na casa de Bruno, no Recreio. Ao ouvir o relato, a polícia de Minas entrou em contato imediatamente com a DH, que conseguiu apreender o menor.

Segundo o diretor jurídico do Flamengo, Monclar Gama, que esteve na Divisão de Homicídios, Bruno autorizou a entrada nos policiais em seu apartamento para buscar o adolescente. Segundo o advogado, o próprio goleiro telefonou para a polícia, desmentindo o suposto cárcere privado e autorizando a entrada dos agentes.

O suposto assassinato
Na manhã desta terça, um motorista de ônibus relatou, em entrevista à rádio Tupi, que o jovem apreendido teria contado a ele em detalhes como Eliza foi assassinada. Segundo o relato, o grupo de Macarrão, amigo do Bruno e um dos principais investigados pela polícia, teria enganado a estudante convidando ela para um "passeio de carro". O adolescente estaria escondido no banco de trás do Land Rover de Bruno e teria acertado Eliza com uma coronhada na cabeça, provocando sua morte.

Macarrão estaria conduzindo o carro. A testemunha, pessoa próxima da família do menor, disse que ouviu dele que Bruno pagou R$ 3 mil para um homem chamado Cleiton entregar o corpo a um traficante e sumir com o cadáver. "A menina foi desossada ali. Está enterrada, o garoto sabe e a hora que pressionarem ele conta tudo. Eles enterraram os ossos da garota e concretaram tudo", disse o motorista.

Na entrevista, a testemunha afirmou que o articulador do crime foi Macarrão, pois o goleiro seria "uma criança de mente". "Ele botou essas coisas na cabeça do garoto (Bruno)", disse o motorista. Ainda de acordo com ele, o menor teria sido instruído a se esconder na casa de Bruno onde os advogados do goleiro estariam dizendo para ele contar que teve uma discussão com Eliza e que ela acabou levando um soco no rosto, o que levou às marcas de sangue no carro.

O caso
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade.

Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Com informações de JB Online

Fonte: Especial para Terra
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