Justiça condena irmão da governadora do Pará por pedofilia

O assistente administrativo João Carlos Vasconcelos Carepa, 52 anos, irmão da governadora do Pará, Ana Julia (PT), foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado por abusar de uma menina de 11 anos em 2006. A sentença foi proferida pela juíza Maria das Graças Alfaia Fonseca, titular da Vara de Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Belém.

Ao julgar procedente a ação do Ministério Público, a juíza considerou a culpa do réu "gravíssima, pois de forma consciente e perversa premeditou os crimes". Segundo ela, a personalidade do réu é propensa à prática da pedofilia, "posto que procurou praticá-lo (o crime) de forma que não fosse jamais flagrado ou descoberto". Na sentença, a juíza destacou que "o comportamento da vítima em nada concorreu para o crime, de consequências gravíssimas pelo trama psicológico causado".

Notícias relacionadas

Madonna no Rio: Janja é criticada por ir ao show em meio a crise no Rio Grande do Sul

Carro bate contra árvore no Rebouças e proprietário diz que veículo era dirigido por garota de programa: "Ela ainda levou documentos e o celular dele"

Motorista de Porsche diz que não percebeu velocidade e manda recado à família: 'Não tem nada que eu possa fazer'

A instrução do processo teve início em 27 de abril de 2009, com o depoimento da vítima. Em seguida, a juíza ouviu as demais testemunhas de acusação e defesa, incluindo familiares da menina e do irmão da governadora. Também foram convocadas a prestar informações as médicas peritas que fizeram os exames para comprovar o abuso.

Em interrogatório prestado em juízo, João Carlos negou as acusações. Ele atribuiu a acusação a uma vingança por parte dos pais da vítima. Segundo o réu, a mãe da menina queria uma audiência com a governadora para pedir emprego para o marido.

Na avaliação da juíza, o depoimento da vítima "relatou firmemente e detalhadamente o evento criminoso, sem hesitar, apontou o réu como autor do crime". A magistrada ressaltou, ainda, que em se tratando de crime contra a dignidade sexual, "geralmente praticado às ocultas, às escondidas, a palavra da vítima possui valor relevante, devendo ser-lhe dado credibilidade desde que em consonância com as demais provas dos autos, o que de fato, sucede no caso".