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Polícia

MP diz não ter motivos para pedir prisão de ex de advogada

22 jun 2010 - 16h18
(atualizado em 23/6/2010 às 14h08)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O promotor público Rodrigo Merli Antunes afirmou, nesta terça-feira, que ainda não existem argumentos suficientes para pedir a prisão do principal suspeito pela morte de Mércia Nakashima, Mizael Bispo de Souza. Segundo o representante do Ministério Público, seria preciso que Souza estivesse "atrapalhando as investigações, ameaçando testemunhas ou tentando fugir". "Ainda é prematuro, os indícios existem e o suspeito é ele, mas não temos ainda a certeza de nada", disse Antunes.

A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, estava desaparecida desde 23 de maio
A advogada Mércia Nakashima, 28 anos, estava desaparecida desde 23 de maio
Foto: Reprodução / Futura Press

Antunes reuniu-se por cerca de uma hora e meia com a advogada Cláudia Nakashima, irmã de Mércia, e o assistente de acusação Alexandre de Sá, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo o promotor, a reunião foi apenas para que se conhecessem.

Antunes afirmou que é contra o vazamento de informações sobre o caso, que corre em segredo de Justiça. Ele disse que muitas informações têm sido apresentadas à imprensa, conduta a qual ele é contrário. "Ainda não posso divulgar os indícios em desfavor do suspeito, tudo em função do segredo de justiça."

Após a reunião, Cláudia Nakashima trouxe um fato novo ao dizer que o ex-namorado da irmã se recusou a colaborar na procura da vítima após seu desaparecimento e, segundo ela, teria chegado a arrancar cartazes com a foto de Mércia no bairro em que a família Nakashima mora.

Questionada sobre o motivo pelo qual o ex-policial militar teria feito isso, ela disse que "ele não queria". Aparentando muita revolta, Cláudia disse que Mizael é "cínico", ao comentar as entrevistas que o suspeito tem dado para a imprensa. Cláudia ainda afirmou que a irmã relatava abusos e perseguições e que frequentemente tinha marcas de agressão no corpo.

O assistente de acusação disse, em entrevista coletiva, que acredita haver elementos suficientes para a denúncia do suspeito, mas afirmou que isso fica a cargo da polícia. "Tive acesso ao inquérito e, pela minha experiência, há um conjunto probatório contra Mizael", disse o advogado.

Fonte: Redação Terra
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