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Inverno começa hoje e deve ser mais seco do que em 2009

21 jun 2010 - 07h36
(atualizado às 07h37)
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Começa nesta segunda-feira, dia 21, às 8h28 (horário de Brasília) o inverno no hemisfério Sul. E, segundo a agência meteorológica Climatempo, a estação deve ser marcada pelo frio intenso causado pelo fenômeno La Niña e pelo ar seco, que já vem castigando o sudeste nos últimos dias.

São José dos Campos (SP) registrou dias gelados ainda em maio
São José dos Campos (SP) registrou dias gelados ainda em maio
Foto: Lucas Lacaz Ruiz / Especial para Terra

Seis massas polares já alcançaram o Brasil desde abril, mas é em agosto que devem começar a ser sentidos os efeitos do resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico Equatorial que caracteriza o La Niña, conforme a meteorologista da Climatempo, Patricia Madeira. "No ano passado, estávamos sob o domínio do El Niño, fenômeno oposto ao La Niña. O inverno foi muito frio no Sul, e foi frio também no Sudeste e no Centro-Oeste. Este ano também se espera por frio, mas com características diferentes. Se no ano passado enfrentamos um inverno frio e úmido, este ano teremos frio seco", explica Patricia.

Confira as tendências meteorológicas dos próximos meses para a sua região, conforme a agência Climatempo:

Sul

Julho deve apresentar apenas uma massa polar significativa, que deve propiciar geadas fortes em grande parte dos Estados. Outras massas mais fracas provocam brusca queda de temperatura, mas o risco de congelamento é grande apenas nas áreas serranas. Em agosto, as massas polares devem ser mais frequentes - quatro -, tornando este o mês mais frio do inverno. Setembro deve ter apenas uma massa de ar polar forte, com pequeno potencial de congelamento.deve chover bem menos do que no inverno de 2009.

Sudeste

Previsão de pouca chuva. A umidade relativa do ar fica baixa em grande parte da estação, favorecendo as queimadas, especialmente no norte paulista e no cerrado mineiro. Em julho, o frio tende a ser menor que em maio e em junho, com apenas uma massa de ar polar significativa, que só pode favorecer a formação de geadas nos pontos altos da Serra da Mantiqueira. Em agosto, as condições mudam e a chegada de várias massas polares deixa o mês frio.

Centro-Oeste

Os prognósticos revelam um quadro de seca típico desta época do ano. O número de queimadas deve ser grande. Os índices de umidade do ar atingem os seus mínimos, muitas vezes determinando estado de emergência (abaixo de 12%) em Goiás e no Distrito Federal. As maiores ondas de frio, que provocam queda de temperatura significativa, estão previstas para o mês de agosto, mas o risco de formação de geadas se limita apenas ao sul de Mato Grosso do Sul.

Nordeste

O frio chega ao sul da Bahia em agosto, segundo a Climatempo. Em julho e em setembro, os termômetros registram temperaturas acima da média. A chuva será irregular. Em julho os volumes acumulados ficam abaixo da média entre Recife e Natal, mas a partir de agosto a umidade aumenta novamente. Os Estados mais chuvosos ao longo do Inverno devem ser Sergipe e Alagoas. No Ceará, no Maranhão e no Piauí, a chuva fica acima da média em agosto, o que diminui o número de queimadas. Mas na maior parte do interior da região, as práticas agrícolas só são viáveis com irrigação artificial.

Norte

A expectativa é de ocorrência de friagem ao longo do mês de agosto. O fenômeno atinge o Acre, o sul do Amazonas e o estado de Rondônia. A chuva, por sua vez, cai de forma muito irregular e tende a ficar abaixo da média ao longo de todo o inverno, o que é bem característico da influência da La Niña.

Com informações da Climatempo

Fonte: Redação Terra
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