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Polícia

Polícia investiga tumulto em loja que deixou 1 morto na PB

24 mai 2010 - 18h48
(atualizado às 18h59)
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A Polícia Civil da Paraíba vai abrir inquérito para investigar o tumulto ocorrido durante a inauguração de uma loja de eletrodomésticos, em João Pessoa, na manhã de sábado, que deixou um morto e vários feridos. Vítimas do incidente prestaram queixa no 4º Distrito Policial nesta segunda-feira.

Multidão foi a loja de João Pessoa tentar aproveitar descontos. Pessoas foram pisoteadas na abertura do local
Multidão foi a loja de João Pessoa tentar aproveitar descontos. Pessoas foram pisoteadas na abertura do local
Foto: Michelle Sousa / Especial para Terra

No sábado, a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros foram chamados para conter as pessoas que invadiram o local arrombando as portas antes mesmo da abertura, em razão das promoções anunciadas. Ao menos 12 feridos foram socorridos. A aposentada Maria de Lourdes Galdino Pereira foi levada para o Hospital de Trauma, mas não resistiu aos ferimentos.

Os consumidores começaram a se aglomerar logo cedo na entrada do estacionamento da loja, localizada às margens da BR-230, no bairro do Geisel, em João Pessoa. A inauguração prometia promoções em diversos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, mas a loja nem chegou a ser aberta no horário programado.

De acordo com a PM, as pessoas arrombaram as grades do estacionamento e depois invadiram a loja destruindo as portas de metal. "A população não entendeu que a promoção de inauguração seria de 45 dias", disse o tenente da Polícia Militar Edinaldo Adolfo.

Uma hora depois da confusão, algumas pessoas feridas eram atendidas atendida na porta da loja. O vendedor Alisson Santos que estava entre os consumidores que aguardavam para entrar e nem lembra como conseguiu se ferir na perna. "O pessoal arrombou a porta, mas tinha uma barra de ferro na entrada e quem estava na frente ficou preso nessa barra. Quem vinha atrás, passou por cima."

Santos descreveu que entre os feridos havia crianças e pessoas idosas. "Graças a Deus eu sobrevivi. O pior é que quem estava na hora não podia fazer nada. Ou se salvava ou morria para salvar alguém", disse.

O Samu utilizou cinco ambulâncias no socorro a seis vítimas que foram levadas para dois hospitais da capital. O socorro também foi feito pelos bombeiros e por pessoas. O estado mais grave era o de Maria de Lourdes Galdino Pereira, 67 anos, que chegou desacordada ao hospital de Trauma para onde foram socorridas mais oito pessoas. Outros três feridos foram atendidos no hospital Ortotrauma.

Por questões de segurança, a inauguração foi suspensa e somente quem conseguiu entrar em meio ao tumulto estava conseguindo efetuar as compras. A Polícia Militar reforçou a segurança dentro e fora da loja de atacado. O gerente comercial Telmo Cysneiros disse que só vai saber se houve saque a produtos da loja depois de feito o balanço.

A rede emitiu um comunicado no qual afirma que "visando maior conforto e segurança para todos", a loja só será reaberta no dia 28 de maio, a partir das 14h. As ofertas devem continuar por 40 dias.

Fonte: Redação Terra
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