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Polícia

SC: ex-prefeito suspeito de homicídio se apresenta à polícia

11 mai 2010 - 14h30
(atualizado às 15h12)
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Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

O ex-prefeito de Camboriú, cidade do litoral norte de Santa Catarina, Edson Olegário (PSDB) se apresentou à polícia na manhã desta terça-feira, em Florianpólis. O político é acusado de comandar uma série de atentados contra vereadores de oposição e do homicídio de um deficiente físico, irmão de um parlamentar local.

O prefeito de Camboriú, Edson Olegário, se apresentou à polícia nesta terça-feira
O prefeito de Camboriú, Edson Olegário, se apresentou à polícia nesta terça-feira
Foto: Carla Cavalheiro / Divulgação

Olegário estava foragido desde o dia 25 de abril, quando a Justiça decretou sua prisão preventiva. Ele se apresentou na sede do DEIC, acompanhado do advogado Robero Brezinski, e prestou depoimento por mais de três horas.

"Ele prefeiu falar em juízo", afirmou o delegado Renato Hendges, acrescentando que o político deverá permanecer preso pelo fato da Polícia Civil ter detectado coação de testemunhas envolvidas na processo. "Comprovamos essa coação nos últimos dia e não temos dúvida do envolvimento do acusado nos crimes. Caberá agora ao Ministério Público oferecer a denúncia junto à Justiça".

O advogado do ex-prefeito apresentou uma versão diferente do delegado. Segundo ele, Olegário somente se apresentou nesta terça-feira, depois que seus advogados tiveram acesso ao inquérito. "Ele está respondendo dentro dos pontos que temos conhecimento na investigação. Desde o início, Edson Olegário se colocou à disposição da Justiça para maiores esclarecimentos, mas nunca foi procurado", afirmou, acrescentando que o acusado teria tido suas contas aprovadas junto ao TCE. "Ele era um prefeito com aprovação popular e muitas pessoas não gostaram da CPI criada pela oposição. Com a apresentação espontânea a intenção é esclarecer a situação e deixar tranquila a comunidade que tando gosta dele".

Brezinski não informou onde o ex-prefeito esteve desde que a prisão foi decretada pela Justiça. Olegário, membro do diretório estadual do PSDB, estava lotado no gabinete do atual governador, Leonel Pavan (PSDB) e só foi exonerado três dias depois de decretada a preventiva.

Os atentados contra os vereadores teriam sido praticados entre os anos de 2005 e 2008, época em que uma CPI tentava apurar supostas irregularidades em sua administração. A investigação do DEIC ainda liga o político ao assasssinato de Eneri de Souza, deficiente físico. Ele teria sido morto por engano ao ser confundido com o irmão, integrante do PMDB de Camboriú.

Olegário chegou a conversar rapidamente com a imprensa na sede do DEIC. Ele negou as acusações e disse que irá provar sua inocência. Apesar de ter se apresentado, o político continuará detido na delegacia pelos próximos dias. "Vamos mantê-lo no DEIC pois não será possível manter sua integridade física caso ele seja transferido para um presídio", disse o delegado. "Ele é acusado de matar um deficiente e por isso é mais seguro mantê-lo aqui".

Fonte: Especial para Terra
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