Tuma Jr. diz que objetivo de investigação é desmoralizá-lo
O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que a investigação da Polícia Federal que vinculou seu nome ao do suposto líder da máfia chinesa, Paulo Li, cometeu abusos. Segundo Tuma Jr., o caso foi encerrado em 2009 e voltou à tona devido à sua atuação contra o crime organizado. "O objetivo não é me investigar, é desmoralizar. O crime organizado age assim: mata testemunhas e desmoraliza os chefes da investigação", disse.
Tuma Jr. negou que tenha comprado um celular e um videogame contrabandeados de Paulo Li, a quem se referiu como amigo, mas fez uma ressalva: "Não sou amigo de contrabandista. Se cometeu crime, deixa de ser meu amigo". O secretário ainda criticou a ausência de seu depoimento no inquérito das investigações. "Isso é muito grave. Fui delegado de polícia e, se ouvisse uma pessoa num inquérito e não juntasse o depoimento, estaria na rua. Isso é crime. Não tive direito a defesa", afirmou.