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Política

Líder de governo: Tuma Jr. deve sair caso seja processado

6 mai 2010 - 14h20
(atualizado às 14h23)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu nesta quinta-feira o afastamento do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., apenas se a Justiça abrir processo contra o integrante do Poder Executivo. Na avaliação do líder governista, a investigação de uma suposta ligação de Tuma Jr. com o chefe da máfia chinesa em São Paulo, Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, não é suficiente para torná-lo inapto ao cargo ou mesmo antiético.

"Toda investigação tem que ser investigada a fundo. Só pode ser condenado depois de investigado. A investigação e a denúncia não atestam culpa. A primeira questão que tem que ser feita é o processo de investigação", disse Vaccarezza.

O líder do governo adotou o mesmo discurso defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que as apurações devem ser feitas antes de que o secretário de Justiça possa ser considerado culpado.

Gravações telefônicas e e-mails em poder da Polícia Federal registram conversas entre Tuma Jr. e o chefe da máfia. Paulo Li está preso por contrabando e descaminho.

"Mesmo a gravação (que registra a conversa entre os dois) tem que ser apurada. Se um cidadão é inocente, mesmo que pareça culpado, deve ser tratado como inocente", disse o parlamentar, ao comparar o caso com a tese da "Mulher de César", segundo a qual à mulher não basta ser honesta, tem de parecer honesta.

Fonte: Redação Terra
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