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Motoristas de ônibus paralisam atividades em Goiânia

26 abr 2010 - 10h09
(atualizado às 11h46)
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Márcio Leijoto
Direto de Goiânia

Motoristas de ônibus de Goiânia (GO) e região paralisaram os serviços nesta segunda-feira de manhã sem aviso prévio, deixando milhares de passageiros sem transporte. A greve, que não tem previsão de fim, atingiu a população da capital e mais 11 municípios vizinhos que são abastecidos pelo mesmo sistema.

Passageiros fazem fila no terminal de ônibus da Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia
Passageiros fazem fila no terminal de ônibus da Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia
Foto: Márcio Leijoto / Especial para Terra

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A categoria protesta contra a falta de diálogo com o sindicato que representa os empresários do transporte coletivo. Além de reclamarem de salários defasados, os motoristas relatam o que chamam de condições humilhantes de trabalho, com carga que pode chegar a 12 horas por dia e cinco viagens de mais de duas horas de duração sem intervalo para descanso.

Ainda segundo a categoria, a paralisação partiu dos próprios motoristas e não dos dois sindicatos existentes na capital. Por isso, conforme os motoristas ouvidos pela reportagem, as condições legais para a greve, como o mínimo de 30% de funcionamento do serviço, não foram respeitados.

"Eu saí de Bela Vista (cidade vizinha da capital) para a escola no centro de Goiânia, mas quando cheguei aqui não tinha ônibus. Estou há duas horas esperando. Já perdi a aula hoje, mas não posso nem ir para a escola nem voltar para casa", disse a estudante Tamyres Costa, 16 anos, no Terminal da Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia.

Ao lado de Tamyres estava a doméstica Odete Soares, 29 anos, que saiu do Setor Santa Rita rumo à cidade de Bela Vista. Parou no Terminal da Praça da Bíblia. "Estou aqui há mais de duas horas. Entro às sete da manhã. Mas cheguei aqui e não tinha nenhum ônibus. Ninguém falou o que está acontecendo", reclamou enquanto esperava o patrão ir buscá-la no terminal.

Alguns ônibus chegaram a levar passageiros dos bairros para terminais de ônibus. Mas ao chegarem nestes terminais, os passageiros não encontravam ônibus para seus destinos. No Terminal Veiga Jardim, em Aparecida, três ônibus chegaram a ser apedrejados, o que levou os motoristas de todos os terminais a levarem os veículos para as garagens.

Até o momento nem a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) nem Sindicato do Transporte Coletivo em Goiânia (Setransp) se manifestaram sobre a paralisação.

Fonte: Especial para Terra
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