PUBLICIDADE

Filho de Sarney é acusado de fraude em obra do PAC

15 abr 2010 - 05h04
Compartilhar

O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), teria ajudado a fechar acordo clandestino pelo qual um grupo de empreiteiras burlou o processo de licitação e é acusado de desviar dinheiro público da principal obra ferroviária do País. A informação é da edição desta quinta-feira do jornal Folha de S.Paulo. A fraude, apontada pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), deu-se em um trecho da ferrovia Norte-Sul. Orçada em mais de R$ 1 bilhão, a construção faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O projeto é administrado pela Valec, estatal ligada ao Ministério dos Transportes há anos sob influência direta de José Sarney segundo a reportagem. Ulisses Assad, diretor da empresa à época do esquema, foi nomeado por indicação do presidente do Senado. A licitação para o contrato 013/06, que trata do trecho entre os municípios goianos de Santa Isabel e Uruaçu, foi vencida pela Constran. Porém, numa subcontratação "ilícita" e "grave", nas palavras do TCU, as construtoras EIT e Lupama passaram a participar da obra. Logo após vencer a licitação do lote Santa Isabel-Uruaçu, de R$ 245,5 milhões, a Constran firmou um acordo com as duas outras construtoras, repassando a cada uma 16,65% da empreitada. O combinado foi feito sem análise nem autorização da Valec, em desrespeito à Lei de Licitações (8.666/93).

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade