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Aécio defende privatizações e diz que Brasil não se resume ao PT

10 abr 2010 - 13h07
(atualizado às 14h18)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

Apontado como possível candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, saiu em defesa neste sábado das privatizações realizadas nos oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso. Considerado tema polêmico entre os tucanos, e ignorado pelo próprio FHC no ato de lançamento da pré-candidatura de Serra, as privatizações foram justificadas por Aécio como uma necessidade de modernização da economia brasileira.

"Privatizamos, sim, setores que precisavam ser, como a telefonia (...), que negaram espaço à eficiência", disse o tucano.

"Estamos iniciando um grande embate e é preciso que nós que aqui estamos, que o PSDB e seus aliados, estejam preparados para o debate. Também vamos discutir o nosso passado porque não há nada que nos envergonhe, ao contrário do que alguns querem ver crer", defendeu Aécio, enfatizando, a exemplo dos dirigentes partidários que também condenaram a postura do PT no ato de lançamento da pré-candidatura de Serra, que a história do Brasil "não se resume à história do PT".

"O Brasil não foi descoberto em 2003. Não é licito julgar que sua história se resume à história do PT", disse o ex-governador mineiro, que elencou como conquistas do PSDB a criação do Plano Real, a estabilidade econômica e cadastros para programas de transferência de renda.

"Mais do que o lançamento de um pré-candidato, estamos aqui reunidos para consagrar aquilo que eu dizia e todos diziam que a unidade do PSDB é o instrumento mais vigoroso para vermos no Brasil um governo que privilegie o mérito e o resultado", completou Aécio, completando ainda que sua união ao projeto de José Serra ultrapassava "projetos pessoais" seus.

"Nada haverá de nos afastar do compromisso prioritário. Declarei-me não mais candidato e dava claro sinal de que estaria ao seu lado porque, acima de projetos pessoais, está o interesse de construímos um Brasil diferente".

Ao fazer um apelo para que os eventos públicos de pré-campanha de Serra comecem logo por regiões mineiras como provas de unidade entre o PSDB, Aécio Neves disse pretender levar ¿a voz¿ do pré-candidato a todos os rincões do País.

"A partir de hoje, a sua voz será a nossa voz, das montanhas de Minas ao Nordeste deste País, ao sul, ao centro-oeste e ao norte. Até a vitória da decência e do trabalho. Até a vitória de José Serra presidente da República", concluiu o ex-governador de Minas.

Fonte: Redação Terra
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